Seis meses após o vice-primeiro-ministro Vitaly Mutko ser impedido de buscar a reeleição, a Rússia recuperou o seu assento no Conselho da Fifa nesta quarta-feira com a escolha de Alexei Sorokin para ocupar uma vaga na entidade.
As federações que compõem a Uefa elegeram Sorokin, o CEO do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2018, por aclamação como um dos seus delegados no órgão que define as estratégias da Fifa. O cargo, que será exercido até 2021, estava sem um ocupante desde maio, quando Mutko foi formalmente forçado a deixá-lo.
A candidatura de Mutko foi vetada pelo então presidente do comitê de governança da Fifa, Miguel Maduro, por causa de um conflito de interesses com o seu trabalho no governo russo. Maduro, que foi expulso recentemente da Fifa, disse na semana passada que os dirigentes da entidade o pressionar a proteger Mutko.
Após uma reunião com legisladores britânicos, Maduro declarou que lhe foi dito que a decisão sobre a elegibilidade de Mutko poderia ameaçar o poder do presidente da Fifa, Gianni Infantino, e "seria um desastre" para a Copa do Mundo.
Sorokin se tornou o oitavo dos nove delegados europeus no Conselho da Fifa, que tem 37 membros. O nono está vago desde julho, quando o espanhol Angel Maria Villar renunciou às vice-presidências da Fifa e da Uefa após ser preso em uma investigação de corrupção. O substituto de Villar ainda vai ser definido pela entidade europeia.