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Seis torcedores do Vasco são presos acusados de matar flamenguista

Eles foram acusados de espancar o rival até a morte após um clássico em 2012

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Por MARCELO GOMES
Atualização:

RIO - Seis integrantes da torcida Força Jovem Vascaína (FJV) foram presos, na manhã desta sexta-feira, acusados de envolvimento no espancamento que resultou na morte de Bruno Saturnino, de 31 anos, torcedor do Flamengo, em 29 de abril de 2012, nas imediações do Estádio do Engenhão, na zona norte do Rio de Janeiro.No total, a Justiça decretou a prisão preventiva de oito pessoas. Elas foram denunciadas pelo Ministério Público pelo crime de homicídio triplamente qualificado (motivo fútil, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima). A pena pode chegar a 30 anos de prisão. Dois vascaínos permanecem foragidos e continuam sendo procurados por policiais da 26ª Delegacia de Polícia (Todos os Santos).Integrante de uma organizada do Flamengo, Saturnino estava num ônibus quando foi reconhecido pelos vascaínos, que haviam deixado o estádio após a derrota de 3 a 1 para o Botafogo, na decisão da Taça Rio (segundo turno do Campeonato Carioca). A vítima - que não vestia camisa do Flamengo no momento - escapou do ônibus pela janela.Logo depois, os vascaínos desceram do coletivo, perseguiram o rapaz até alcançá-lo e o espancaram. Saturnino morreu cinco dias depois, de traumatismo craniano, no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, zona norte. Ele deixou uma filha de 3 anos.“É imperiosa a prisão preventiva dos acusados, que perpetraram o mais nefasto dos crimes, unindo-se às dezenas para atentar contra a vida de vítima indefesa ante a superioridade de seus algozes e cujo motivo de fúria residia, àquele momento, unicamente no fato de pertencer a torcida rival, a revelar, portanto, sua periculosidade social, implicando no reconhecimento de que, individualmente, suas liberdades põem em constante risco a ordem pública, posto que, nesta condição, podem continuar a frequentar estádios de futebol e envolver-se em novos confrontos, fato que, às vésperas da Copa do Mundo de 2014, deve ser rigorosamente reprimido, como forma de conter eventos análogos que manchem a imagem do País em evento de repercussão mundial”, escreveu a promotora de Justiça Cláudia Condack, em seu pedido de prisão preventiva dos réus.

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