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Sem Mustafá, Pescarmona vê oposição do Palmeiras fragilizada: 'dependem muito de mim'

Ex-dirigente espera que Galiotte tenha liberdade para comandar o clube

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Por Daniel Batista
Atualização:

A chapa de Maurício Galiotte foi aprovada pelo filtro no Conselho Deliberativo do Palmeiras e, assim, tudo caminha para que ele seja eleito presidente do clube, em eleição marcada para o dia 26 de novembro. Por ser candidato único, ele será o novo presidente e assumirá o cargo no dia 15 de dezembro. A oposição, comandada por Wlademir Pescarmona, nunca esteve tão frágil e o ex-dirigente culpa Mustafá Contursi e seus aliados pela posição em que não tiveram nem mesmo condição de lançar candidato para o pleito.

"Nós não nos preparamos nesses dois anos. Faltou alguém que pudesse participar bem desta eleição. A gente sabia que seria difícil ganhar e talvez por isso, ninguém quis sair (como candidato)", disse Pescarmona, em entrevista ao Estado. Ele comanda o grupo União Verde e Branca, a UVB, uma das principais correntes políticas oposicionista de Paulo Nobre.

Wlademir Pescarmona explica os motivos da oposição não ter lançado candidato no Palmeiras Foto: José Patrício/Estadão

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O ex-dirigente palmeirense acredita que o fato do ex-presidente Mustafá Contursi apoiar Maurício Galiotte fez com que a oposição ficasse ainda mais enfraquecida. "Já na outra eleição, o Mustafá se aliou ao Paulo Nobre e vai apoiar o Galiotte. Difícil quebrar isso, pois o Mustafá continua muito forte no clube".

Pescarmona ainda lamentou que a oposição não tenha mantido a postura firme de outrora. "Eu me afastei da política, por problemas pessoais e de saúde. Todo mundo ficou criticando o autoritarismo do Paulo Nobre, mas ninguém com carisma e vontade apareceu para tentar mudar isso. Ficaram muito dependente de mim e perdemos tempo. Acabamos dando um passo para trás para dar dois à frente", analisou.

Apesar da reclamação, a oposição acredita que Galiotte pode ser um presidente melhor do que está sendo Paulo Nobre. "O Maurício é bem diferente do Paulo. Com ele tem mais diálogo, mas vamos ver quando ele sentar na mesa e pegar a caneta. Pode mudar tudo. Eles estão com a faca e o queijo na mão. Antes, o Maurício nos ouvia, mas dizia que não podia fazer muita coisa, pois não mandava. Agora não terá desculpa. Resta saber o quanto ele terá de liberdade, tendo o Paulo Nobre por perto", disse Pescarmona.

Na noite da última segunda-feira, Galiotte teve sua candidatura aprovada pelo filtro com sobras. Para conseguir ter o pleito confirmado, ele precisaria ter pelo menos 15% do Conselho Deliberativo. Dos 210 conselheiros que votaram, ele teve 165 votos favoráveis. Os demais anularam ou votaram em branco e uma parte dos oposicionistas preferiram não participar da votação. 

A chapa do futuro presidente do Palmeiras conta com os vices: Genaro Marino, Antonino Jesse Ribeiro e Victor Fruges, que também são vices de Paulo Nobre, e ainda José Carlos Tomaselli, atual diretor-administrativo.

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