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Sem um rim desde os tempos do Cosmos, Pelé reage bem a tratamento

Exclusivo: 'Situação é grave, mas não é crítica', diz fonte do Albert Einstein: 'ele responde bem aos antibióticos e faz piadas na UTI'

Foto do author Robson Morelli
Por Robson Morelli
Atualização:

Pelé faz piada na UTI na manhã desta sexta-feira. Respira sem o auxílio de aparelhos, está consciente. O próximo boletim médico que o Hospital Israelita Albert Einstein divulgará, prometido para as 14h, terá boas notícias do Rei. O fato de ter apenas um rim, confirmado pelo Estado, dificulta sua recuperação, mas não impede sua melhora na Unidade de Terapia Intensiva, onde permanece internado desde quinta-feira em cuidados especiais. Seu quadro de saúde ainda é acompanhado de perto e monitorado. "Seu quadro é grave, mas não é crítico", disse ao Estado fonte que acompanha a recuperação do Rei do Futebol. "Ele vai melhorar."

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Na terça-feira, a condição de Pelé era muito ruim, preocupante ate mesmo para os médicos que o atendem. Ele teve ligeira melhora na quarta e nesta sexta, conforme apurou com exclusividade o Estado, Pelé demonstra boa reação aos medicamentos. Ele toma antibióticos fortes, e continuará tomando.

Pelé tirou um dos rins quando ainda era jogador do Cosmos, nos EUA, depois de deixar o Santos em 1974. Ele jogou no clube norte-americano de 1975 a 1977. Exames médicos da época descobriram um tumor. Pelé nunca deixou que essa informação fosse divulgada no Brasil.

Maior jogador da história do futebol, Pelé está atualmente com 74 anos Foto: Fabio Motta/Estadão

A família e o Hospital Albert Einstein debateram muito nesta quinta-feira sobre as informações que poderiam dar ao público, por meio dos boletins médicos. A família não queria que nada fosse divulgado. Na manhã desta sexta, o Estado foi informado de que os boletins médicos serão "mais esclarecedores" a partir da agora, prevalecendo a vontade e a necessidade ética do hospital. Houve um entendimento de que o mundo precisa saber do estado de saúde de Pelé.

A sepse "provavelmente" não existe, embora não seja descarta. "Provavelmente" há uma infecção séria, mas não generalizada. Um novo tumor não foi detectado. Os médicos do Einstein não trabalham com hipóteses confirmadas porque algumas situações no estado de saúde de Pelé foram "encontradas", mas outras ainda não. Daí o cuidado para divulgar informações precisas nos boletins médicos. Os médicos sabem da gravidade da situação.

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