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Sumido desde renúncia, dirigente chileno reaparece em Miami

Paradeiro de ex-presidente da ANFP indica delação premiada ao FBI

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Por Redação
Atualização:

Uma semana depois de renunciar ao comando da Federação Chilena de Futebol (ANFP, na sigla em espanhol), Sergio Jadue estava desaparecido até esta quarta-feira. Seu paradeiro só foi descoberto porque a rede de televisão estatal do Chile obteve imagens do agora ex-dirigente caminhando tranquilamente em Miami de chileno, camiseta e bermuda.

Diversos órgãos de imprensa do Chile noticiaram nos últimos dias que Jadue teria ido aos Estados Unidos para fechar um acordo de delação premiada com o FBI e cooperar nas investigações sobre corrupção no futebol sul-americano em troca de uma pena mais branda. Até agora, entretanto, isso não foi confirmado por nenhuma das partes.

Sergio Jadue, ex-presidente da Federação Chilena de Futebol, pode entregar mais nomes à Justiça dos EUA Foto: Reuters

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Mas a confirmação de que Jadue está mesmo nos Estados Unidos serve como forte indício de que o acordo com o FBI é real. Quando questionado pela tevê estatal chilena, o ex-presidente da ANFP se negou a falar. Ele estava sem acompanhamento policial e não portava uma tornozeleira eletrônica, dada pela Justiça dos EUA àqueles que aceitaram o termo de cooperação e têm suas movimentações rastreadas.

O nome de Jadue nunca apareceu na lista de investigados pela Justiça norte-americana. Ele, entretanto, foi forçado a renunciar à presidência da ANFP depois que "não deu respostas, nem esclareceu as dúvidas levantadas" quando contratado com questionamentos por parte dos clubes chilenos.

Duas semanas atrás, a Polícia de Investigações (PDI) foi à sede da ANFP, no bairro de Quilín, em Santiago, atrás do dirigente. Também eram procurados o secretário-geral Nibaldo Jaque e outros dois dirigentes clubísticos ligados à entidade: Antonio Martínez, do Everton, e Jorge Fistonic, do Deportes Iquique. Os quatro foram intimados a depor num processo no qual a Justiça chilena investiga o pagamento de salários a dirigentes da ANFP, o que é proibido pela legislação local.

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