A Corte Arbitral do Esporte (CAS) atendeu recurso interposto pela Agência Mundial Antidopagem (Wada) contra decisão emitida pelo Comitê de Apelação da Fifa e decidiu aumentar a suspensão do atacante peruano Paolo Guerrero de 6 para 14 meses por doping. Assim, o jogador está fora da Copa do Mundo da Rússia e não deve mais jogar pelo Flamengo. Como Guerrero já ficou 6 meses suspenso, ele começará a cumprir nesta segunda-feira mais oito meses de punição, até completar os 14 meses da pena total.
Guerrero testou positivo para uso de benzoilecgonina em exame realizado depois do empate em 0 a 0 entre Argentina e Peru, em Buenos Aires, pela penúltima rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa da Rússia, no dia 5 de outubro de 2017. Por conta da punição, Guerrero ficou impedido de defender a seleção peruana nas duas partidas da repescagem da Copa do Mundo, diante da Nova Zelândia. Mesmo assim, o país garantiu vaga no Mundial, que seria o primeiro do atacante.
Em dezembro, a Fifa aceitou a defesa de Guerrero de que o atacante tinha ingerido um chá contendo a substância proibida benzoilecgonina, principal metabólito da cocaína. Para a Fifa, o atacante violou a regra antidoping e, portanto, aplicou seis meses de suspensão. A Wada, no entanto, entrou com um recurso no TAS e solicitou que a decisão da Fifa fosse anulada e que Guerrero fosse suspenso por um período entre 1 e 2 anos, de preferência por 22 meses. Dois procedimentos de arbitragem foram registrados pelo TAS, que realizou uma audiência em sua sede, em Lausanne, na Suíça, no último dia 3.
O TAS aceitou que o argumento que Guerrero não tentou melhorar seu desempenho ingerindo a benzoilecgonina, mas entendeu que o jogador foi negligente e que poderia ter tomado medidas para impedir a substância proibida. Por isso, aplicou a sanção de 14 meses de suspensão.