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Traumatismo craniano: Fifa decide que médico tem decisão final

Entidade está preocupada com condição de atletas e decide parar os jogos em que ocorram incidentes por três minutos

Por Jamil Chade - correspondente em Genebra
Atualização:

Criticada por não dar atenção suficiente à possibilidade de um traumatismo craniano em pelo menos quatro ocasiões durante a Copa do Mundo, a Fifa anuncia que vai mudar a forma de lidar com os incidentes e obrigará os árbitros a parar um jogo por três minutos para que um jogador seja atendido. O atleta apenas poderá continuar na partida depois de uma autorização expressa por parte do médico do time. 

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Depois da Copa, o árbitro da decisão o italiano Nicola Rizzoli, relatou que o volante alemão Christoph Kramer estava desorientado depois de levar uma pancada na cabeça no início da partida contra a Argentina. "Logo após o choque, Kramer veio me perguntar 'Árbitro, esta é a final?'", disse Rizzoli, em entrevista ao jornal esportivo italiano Gazzetta dello Sport. Kramer ficaria em campo por mais 14 minutos até que caiu no campo com uma suspeita de concussão.

Esse não foi o único lance polêmico. Situações parecidas ocorram com os argentinos Javier Mascherano e Pablo Zabaleta. O lateral uruguaio Alvaro Pereira ainda se recusou a deixar o campo depois de ser atingido na cabeça.

Depois de uma pancada na cabeça, Kramer deixou o gramado do Maracanã com a ajuda de médicos Foto: Reuters

Por semanas, a Fifa insistiu que não tinha nada a ser feito e que seu comportamento não precisava ser mudado. Mas, nesta semana, os cartolas se reuniram e admitiram que mudanças precisavam ser promovidas. A principal dela seria o "reforço do papel do médico do time" nesses casos. 

Pela nova proposta, sempre que houver um incidente de suspeita de concussão, o árbitro poderá interromper a partida por três minutos para que o médico do time faça uma avaliação sobre o jogador e decida se ele pode ou não continuar em campo. "O árbitro apenas vai permitir que o jogador continua em campo com a autorização do médico, que terá a decisão final", indicou a Fifa. 

QUEDA Apesar de mudar a prática, a Fifa comemorou ontem a queda no número de contusões durante o Mundial de 2014. Em média, 1,7 incidentes de contusões foram registrados por jogo no Mundial deste ao. Em 2002, a taxa era de 2,7.Segundo a Fifa, houve também uma queda nas contusões geradas por faltas, "o que mostra a melhoria na arbitragem".

A entidade também voltou a insistir que todos os jogadores foram testados por doping, sem qualquer resultado positivo.

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