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Três dias antes da abertura, Brasil estreia no polo aquático

Tanto no feminino como no masculino o adversário será o Canadá

Por Paulo Favero e ENVIADO ESPECIAL A TORONTO
Atualização:

A primeira participação brasileira nos Jogos Pan-Americanos de Toronto será hoje com a seleção feminina de polo aquático, em jogo que pode “definir” a medalha de prata na competição. A equipe entra na água às 13h (de Brasília), três dias antes da cerimônia de abertura, para enfrentar as anfitriãs canadenses e sabe que uma vitória fará com que não cruze com os Estados Unidos em uma possível semifinal. Isso aumentaria as chances de a equipe chegar à decisão inédita da competição. O Brasil está no Grupo B ao lado de Canadá, Venezuela e Porto Rico. Na outra chave estão as norte-americanas, México, Cuba e Argentina.“O Canadá é o nosso principal adversário. Acho que o Pan será um excelente torneio preparatório para os Jogos Olímpicos”, explica Marina Zablith, que desde 2001 está na seleção brasileira - passou também pelas categorias de base do time nacional.

Marina Zablith está desde 2001 na seleção brasileira Foto: Satiro Sodre/SSPress

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A atleta do Pinheiros diz que o objetivo é fugir do confronto com as norte-americanas. “A gente quer melhorar nossa colocação da última edição e garantir a prata. Não tem como competir com os Estados Unidos. É a melhor seleção do mundo na atualidade.”Nos Jogos de Guadalajara, em 2011, o Brasil ficou com o bronze. Na primeira fase, perdeu para o Canadá por 13 a 4, ganhou outros dois jogos e, na semifinal, levou de 13 a 1 dos Estados Unidos. Na disputa do terceiro lugar, a seleção ganhou de Cuba por 9 a 8. “Demos um salto de investimento e de resultado. Acho que estamos melhor fisicamente e mais fortes”, diz Marina.

Ela acredita que a chegada do treinador Pat Oaten, que fez um ótimo trabalho no Canadá, está ajudando no aperfeiçoamento das atletas. “O primeiro passo para o nosso crescimento foi a contratação de um técnico canadense. A gente tem participado de jogos internacionais e precisávamos de técnicos com a realidade parecida com a nossa.”Oaten nasceu em Madri, na Espanha, mas tem nacionalidade esportiva canadense e vem conseguindo obter bons resultados com a equipe. Agora, no Pan de Toronto, terá uma competição para sentir o nível da seleção em relação às outras.Depois do Pan a seleção volta para o Brasil, fica dois dias para que as jogadoras possam matar a saudade de casa e já embarca para outra competição importante: o Mundial de Esportes Aquáticos, que será realizado em Kazan, na Rússia, entre 17 de julho e 2 de agosto. “Lá a expectativa é conseguir ficar entre as oito primeiras”, afirma Marina.BELEZAAlém de estar conseguindo conquistar um espaço maior no cenário internacional, as jogadoras do Brasil chamam atenção também pela aparência. “Costumam falar que é a seleção mais bonita”, brinca Marina. “Dizem que somos musas, mas a gente não trata assim.”Ela garante que existe uma batalha diária para evitar que o excesso de tempo dentro da piscina tire o encanto das jogadoras. “A gente tem de driblar a questão das horas que passamos na piscina. Então nós somos muito descoladas, porque estamos sempre em contato com a água, e o cloro.”MASCULINOO time também vai estrear hoje no Pan de Toronto. A partida contra o Canadá, às 19h (de Brasília), é válida pelo Grupo B, que conta ainda com México e Venezuela. Na outra chave estão Estados Unidos, Equador, Cuba e Argentina. O Brasil vem de um bronze inédito na Liga Mundial.

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