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Vandalismo marca protesto contra a Copa do Mundo em Porto Alegre

'Não vai ter Copa' foi o refrão mais ouvido durante a passeata de 1,5 mil pelas ruas

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Por Elder Ogliari
Atualização:

PORTO ALEGRE - Com uma série de atos de vandalismo e liderados pelo Bloco de Lutas pelo Transporte Público, cerca de 1,5 mil manifestantes foram as ruas de Porto Alegre no início da noite desta quinta-feira para protestar, entre outras coisas, contra a realização da Copa do Mundo no Brasil. Foi a primeira manifestação desse tipo neste ano. Em 2013, durante a Copa das Confederações, protestos similares causaram problemas por todo o País. "Não vai ter Copa" foi o refrão mais ouvido durante a passeata que saiu da Praça Montevidéu, diante da prefeitura, e percorreu ruas e avenidas como a Júlio de Castilhos, Conceição, Sarmento Leite, Osvaldo Aranha, João Pessoa, Salgado Filho e Borges de Medeiros, na região central da cidade.No caminho, integrantes mascarados realizaram uma série de atos de vandalismo - picharam grades, muros e fachadas de prédios, incendiaram três contêineres de lixo e quebraram vidraças de duas lojas comerciais. Também cercaram jornalistas que acompanhavam o local e roubaram blocos de anotações dos repórteres.  Apesar de bloquear o trânsito, a Brigada Militar de Porto Alegre não interveio nos atos de vandalismo. Além de ser contra o Mundial de futebol, os manifestantes ameaçaram parar a cidade se a tarifa do transporte coletivo na capital gaúcha, que é de R$ 2,80, for reajustada. Esta é a época do ano em que as empresas que prestam o serviço de transporte na cidade negociam o aumento salarial de seus funcionários. E é comum que elas apresentem suas planilhas de custos ao Conselho Municipal de Transportes para pedir por reajustes nas tarifas. O grupo só se dispersou por volta das 22h. Outro protesto será realizado na semana que vem.

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