PUBLICIDADE

Publicidade

Brasil inicia busca por vagas nos Jogos Pan-Americanos de Lima, em 2019

Meta da delegação que está em Cochabamba para a disputa dos Jogos Sul-Americanos é garantir o maior número de modalidades do País no evento

Por Paulo Favero
Atualização:

A cerimônia de abertura dos XI Jogos Sul-Americanos ocorre neste sábado, às 20h, no estádio Félix Capriles, em Cochabamba, e a delegação brasileira, composta por 316 atletas, tem a missão de garantir o máximo de vagas possíveis para os Jogos Pan-Americanos de Lima, que será realizado no próximo ano. São 12 modalidades que servem de seletiva para o Pan: atletismo, boliche, ciclismo, handebol, hóquei sobre grama, caratê, natação, pentatlo moderno, rúgbi, tiro esportivo, triatlo e wrestling.

PUBLICIDADE

+ Luan Oliveira supera obstáculos e vira aposta para os Jogos de Tóquio, em 2020

“Nossa expectativa é a melhor possível. O principal objetivo é buscar as classificações para o Pan e estamos confiantes de que vamos atingir esse objetivo. A tendência é que sim, mas sabemos que não é a única chance, até porque muitas modalidades terão outras seletivas”, explicou Marco Antônio La Porta, vice-presidente do COB (Comitê Olímpico do Brasil) e chefe da delegação na Bolívia.

Atletas da ginástica artística já estão em Cochabamba Foto: Washington Alves/Exemplus/COB

Ao mesmo tempo que uma das exigências do COB foi que as confederações nacionais apostassem em jovens promessas, por outro lado algumas estrelas estarão presentes em Cochabamba, como o campeão olímpico Arthur Zanetti, da ginástica artística, e Isaquias Queiroz, da canoagem velocidade, dono de três pódios nos Jogos do Rio, Maicon Andrade (taekwondo), Deonise Fachinello, campeã mundial com a seleção feminina de handebol, e os caratecas Douglas Brose e Valéria Kumizaki, que será a porta-bandeira do Brasil.

Esta é a segunda vez que os Jogos Sul-Americanos são disputados na Bolívia. A primeira edição do evento foi em La Paz, em 1978, e a última, em Santiago, em 2014, teve o Brasil como campeão no quadro de medalhas. Desta vez, manter a hegemonia está em segundo plano. “Nosso foco é na classificação para o Pan, não nos preocupamos com quadro de medalhas”, disse La Porta, lembrando ainda que houve uma recomendação para que os atletas jovens tivessem espaço na delegação.

O dirigente, inclusive, elogiou a estrutura em Cochabamba, que fica a 2.574 metros acima do nível do mar. “Fomos surpreendidos positivamente. Viemos com uma certa preocupação, mas a Vila dos Atletas é muito boa e as instalações esportivas possuem padrões excelentes”, afirmou La Porta, ciente de que o Brasil pode fazer um bom papel diante dos outros países sul-americanos.

Aproximadamente 4.350 atletas de 14 países estarão no evento, que terá 49 modalidades (Brasil tem representantes em 35 delas) e 376 provas. Serão utilizadas 43 instalações esportivas e mesmo antes da cerimônia de abertura muita gente já estará em ação. Na manhã deste sábado, modalidades como badminton, boliche e vela já estarão em competição.

Publicidade

A seleção de badminton tem jogadores de bom potencial, como Fabiana Silva, Luana Vicente, Artur Pomoceno e Ygor Coelho. A competição está prevista para começar às 10h (horário de Brasília). Ao mesmo tempo, Juliana Duque e Rafael Rizzat vão estrear na classe Snipe. Já em La Paz, Marcelo Suartz e Renan Zoghaib competem no boliche.

O COB vê com bons olhos a participação brasileiro no evento, até porque coloca atletas em ritmo de competição contra outras nações, mas em um evento de menor expressão. Isso tudo vai ajudar a dar bagagem para os novatos do Time Brasil. “É sempre mais desafiador, mas é importante dar experiência aos jovens, aos técnicos e até aos oficiais. Como é um evento de menor porte, a pressão também é menor”, lembrou La Porta.

Antes de entrar no COB, ele era presidente da CBTri (Confederação Brasileira de Triatlo) e tinha tido experiência em eventos esportivos na sua modalidade. Agora está do outro lado. “Ser chefe de missão é um aprendizado. A possibilidade de ser chefe permite conhecer mais ainda a equipe do COB”, contou o dirigente.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.