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Brasil vira potência no vôlei com planejamento

Investimento em estrutura e processo de popularização foram importantes para o crescimento do esporte no País

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Por Paulo Favero
Atualização:

SÃO PAULO - O Brasil não se tornou potência no vôlei por acaso. Segundo o técnico Giovane Gávio, bicampeão nos Jogos Olímpicos de 1992 e 2004, nos anos 1980 houve um processo de planejamento da modalidade e de popularização por meio das transmissões televisivas que foram fundamentais para o crescimento do esporte no País. Com o sucesso das equipes, os ídolos começaram a surgir em profusão. "Eu comecei a jogar porque vi o Renan, o William, o Xandó, o Montanaro... Minha geração seguiu essa dos anos 80, fomos campeões em 92, nos tornamos ídolos e outras gerações vieram. A cada dez anos o Brasil traz uma geração vencedora", diz.Giovane lembra também que a Confederação Brasileira de Voleibol investiu bastante em estrutura. "Criou-se um centro de treinamento e esse processo de aprendizagem acontece numa cadeia de produção. O campeonato nacional melhorou muito e os clubes são formadores de atletas. Acho que o sistema todo funciona bem e atende às demandas", afirma, lembrando que outro ponto positivo foi o treinamento criado pela entidade para os técnicos de vôlei. "A partir disso construímos uma escola própria. Temos alguns dos melhores técnicos do mundo e vejo que em todos os aspectos temos excelência."Giovane conta que a modalidade tinha o rótulo de ser um esporte de mulher nos anos 70, mas aos poucos isso foi mudando. "O vôlei tem o apelo físico. Não sei por quê, mas os atletas costumam ser considerados bonitos. No feminino também é assim. Isso acaba sendo importante. No Brasil, passou a ser um esporte amado, até em função dos bons resultados conquistados", conclui.

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