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CBAt muda regra e 1º dia do Troféu Brasil e 3 batem índice para 2016

Por Demetrio Vecchioli
Atualização:

Quem dissesse, quarta-feira à tarde, que sairia do Troféu Brasil de Atletismo, nesta quinta-feira à tarde, com índice olímpico para os 100 metros seria taxado de louco. O período de classificação, havia anunciado a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), começaria em outubro. Mas a entidade resolveu mudar as regras no meio do jogo e definiu, quarta à noite, que a tomada de índices havia começado em 1º de maio, mesmo prazo definido pela IAAF. Bom para Rosângela Santos e Ana Cláudia Lemos, que correram abaixo do índice de 11s33 nos 100 metros. Nos 400m, Geisa Coutinho fez o índice. Rosângela, do Pinheiros, bateu duas vezes seu recorde pessoal. Correu para 11s14 na semifinal e baixou para 11s08 na final, garantindo o ouro. "É só o começo do ano. Quero ser bicampeã pan-americana", disse a atleta, que mora e treina em Miami, nos Estados Unidos. Ana Cláudia faturou a prata e Vanusa Santos ganhou o bronze - ambas são da equipe da BM&F Bovespa. O índice de Ana veio na semifinal, com 11s28, longe dos 11s01 feitos há um mês, que valeram a ela o recorde sul-americano. "Esperava correr melhor, mas é bom para a equipe que a Rosângela tenha feito um tempo desses", disse.

Ana Cláudia, esquerda, e Rosângela, centro,correram abaixo do índice olímpico no Troféu Brasil Foto: Wagner Carmo/ Divulgação

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A final masculina não foi tão forte, mas viu Vitor Hugo dos Santos brilhar. Revelado na mesma pista que Rosângela Santos, também pelo técnico Paulo Servo, o carioca de 19 anos venceu com 10s22 e bateu pela segunda vez no dia o recorde sul-americano juvenil, que era do panamenho Alonso Edwards, vice-campeão mundial dos 200m em Berlim-2009. O carioca superou em 0s07 sua antiga melhor marca brasileira.

Líder do ranking brasileiro adulto e terceiro do ranking mundial juvenil, surpreendeu ao afirmar que pretende bater o recorde brasileiro no Pan, o que significa ser o primeiro do País a quebrar a barreira dos 10 segundos: "Acho que dá para alcançar, é um sonho".

Outro índice olímpico veio nos 400m, com Geisa Coutinho, que foi a única a forçar na semifinal e venceu a primeira bateria em 51s56, baixando a marca mínima exigida de 52s00.

Nos 10.000 metros, Tatiele Roberta de Carvalho, da Orcampi/Campinas, venceu com 33min43s93, a mais de um minuto e meio do índice olímpico. "Falta alguém para me puxar. Tenho que correr mais lá fora,", avalia a atleta de 25 anos.

No lançamento do martelo, a vitória ficou, como de costume, com o veterano Wagner Domingos, o Montanha, de 32 anos. O gigante do atletismo brasileiro lançou 73,66m e não alcançou nem o seu próprio brasileiro (75,47m) nem o índice para o Mundial (76,00m).

Nos 800m para mulheres, a segunda semifinal teve expressiva vitória da jovem Flávia Maria de Lima, de apenas 21 anos, que venceu com 2min01s41, colocando quase 100 metros de vantagem sobre a segunda colocada. Ela precisa de 2min01s cravados para ir à Olimpíada e espera alcançar o índice na final, na sexta-feira.

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