No relato, o árbitro descreveu o caso de racismo: "Eu presenciei. Eu estava próximo à linha lateral da defesa da equipe do Juazeiro. O assistente Moyses Freitas também presenciou. Os jogadores da equipe do Ceará também informaram que escutaram a agressão verbal. No caso, o racismo".
Joanilson Scarcella destacou na súmula que "Logo em seguida, outro torcedor da equipe do Juazeiro falou certa frase - 'Tem que comer é muita banana!'. Esse torcedor não foi identificado". O árbitro disse que "O primeiro tempo foi finalizado. No intervalo, foi feita a providência para retirar a torcedora do local. O jogo só se reiniciava se a mesma deixasse o local da partida. Mas a mesma se recusou a se retirar. Às 16h50, a torcedora resolveu sair com a pressão dos seguranças que estavam no local. Não tinha como reiniciar a partida por falta de segurança com os árbitros e também estava escurecendo e o estádio não tinha iluminação. Foi suspendida a partida. Não foi reiniciado o segundo tempo. Foi chamada a Polícia. A mesma chegou às 17h16".
O árbitro fez um Boletim de Ocorrência na Polícia de Itaitinga. A polícia abriu uma investigação. O presidente da Federação Cearense de Futebol (FCF), Mauro Carmélio, prometeu apurar o caso.
Uma resolução da FCF, de maio de 2013, autoriza o árbitro a paralisar uma partida em caso de violência ou racismo nos estádios cearenses. A medida é prevista no Art. 4º da resolução, que determina: "O árbitro deve paralisar imediatamente a partida quando identificada a prática de atos ou cânticos discriminatórios, racistas ou xenófobos. O delegado do jogo e o comandante do policiamento da partida devem ser notificados".