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China ameaça domínio dos Estados Unidos

Por Agencia Estado
Atualização:

A China ganhou, pela primeira vez, medalhas em atletismo. E foram duas. Os Estados Unidos perderam, pela primeira vez, desde a utilização de atletas da NBA, o ouro no basquete masculino. São resultados que comprovam a existência de um novo rival para os norte-americanos, depois do final da União Soviética e da Alemanha Oriental, ambos em 1992. Há um novo duelo olímpico. Estados Unidos ou China? A disputa, duramente travada em Atenas, desde o primeiro dia de competição, tem um novo round anunciado: Pequim/2008. E, em casa, os chineses podem ser considerados favoritos. Desde 1992 têm crescido. Foram 16 medalhas de ouro em Barcelona, outras 16 em Atlanta, 28 em Sydney e 32 agora em Atenas. Em 1992, os EUA ganharam 37 de ouro, subiram para 44 em 1996, caíram para 40 em Sydney e agora conquistaram 35. No total, conseguiram 102 medalhas em Atenas, contra 97 de Sydney. O nadador Michael Phelps foi o destaque dos Estados Unidos. Ganhou seis medalhas de ouro e duas de bronze. Um país imaginário que conseguisse esses resultados ficaria em 16º lugar, à frente de Holanda, Suécia e Espanha, por exemplo. Enquanto isso, os chineses diversificaram seus ganhos. Além do atletismo, ganharam na canoagem, natação, tênis, taekwondo e luta, esportes que não haviam vencido em Sydney. Conseguiram um total de 63 medalhas contra 59 do ano 2000. Mas não há apenas um país asiático a preocupar os Estados Unidos. O crescimento do Japão foi impressionante. De cinco medalhas de ouro na última edição dos Jogos, passou para 16. O total de 18 subiu para 37. Em Sydney, ganharam apenas em judô e atletismo e agora, também em natação, luta e ginástica artística. A Rússia chegou a 27 medalhas de ouro, longe das 32 de Sydney. A má atuação da ginástica explica a queda dos russos - há quatro anos, ganharam cinco medalhas de ouro; em Atenas, nenhuma. Como sempre, alguns países que se destacaram por causa da excepcional e solitária capacidade técnica de algum atleta. O Zimbábue ganhou uma de ouro, uma de prata e outra de bronze, todas com a nadadora Kirsty Coventry. A República Dominicana venceu os 400 metros com barreiras, com Félix Sánchez. Os países africanos tiveram um rendimento parecido ao de Sydney. Ganharam nove de ouro, 11 de prata e 15 de bronze, contra nove de ouro, 13 de prata e 11 de bronze. No total, empate em 35. Já a América do Sul melhorou muito. Foram oito medalhas de ouro, quatro de prata e 12 de bronze, contra uma de ouro, nove de prata e nove de bronze. Brasil, Argentina e Chile venceram competições em Atenas, enquanto que em Sydney, a única medalha de ouro foi da colombiana Isabel Urrutia. Se a América do Sul fosse um único país, ficaria em 13º lugar, atrás de Cuba, que ficou em 11º, com nove de ouro, sete de prata e onze de bronze. Um rendimento pior do que há quatro anos, quando foi 9ª colocada, com 11 de ouro, 11 de prata e sete de bronze.

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