Circuito Mundial de Surfe terá 11 brasileiros e muitas novidades

Competidores nacionais são maioria pela primeira vez na elite e temporada contará com inovações nas transmissões ao vivo

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Por Paulo Favero
Atualização:

Pela primeira vez o Brasil será a nação com mais atletas na elite do surfe. Com 11 competidores, o País superou a Austrália e inicia o Circuito Mundial com ótimas chances de brilhar. Além desse fato marcante, o calendário prevê duas novas etapas, as entradas de Bali no lugar de Fiji e do Surf Ranch em substituição a Trestles.

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Para Italo Ferreira, que conviveu com lesões no ano passado, a temporada promete, ainda mais com tantos brasileiros. “Acredito que isso vai ser bom e ajudará a divulgar o esporte no País. Vai ser bem divertido, porque teremos batalhas interessantes no mesmo evento entre brasileiros. Podemos ter baterias só de brasileiros e no mínimo vai ter um brasileiro na final em cada evento”, diz.

Italo Ferreira, surfista brasileiro Foto: Ed Sloane/WSL

Ele inicia sua retomada no circuito no Quiksilver Pro Gold Coast, a primeira etapa do ano, em Snapper Rocks, na Austrália, e logo de cara vai ter pela frente Gabriel Medina em sua bateria. A chamada está marcada para este sábado às 17h30 (horário de Brasília, domingo cedo na Austrália), mas as previsões indicam boas ondas a partir da terça-feira.

“Agora minha confiança voltou, acho que até mais do que eu estava no ano passado. O ano de 2017 era para ser muito bom para mim, mas acabei me machucando. Tirei lições disso e estou voltando forte neste ano, bem preparado, com objetivos grandes. Investi muito na parte física e psicológica, aspectos que tenho de melhorar. No surfe, acredito que esteja de igual para igual com os adversários, mas o que faz a diferença dentro da água é o detalhe, a escolha, a tomada de decisão”, continua.

Além de Italo e Medina, o Brasil terá o campeão mundial Adriano de Souza, Filipe Toledo, Caio Ibelli, Jesse Mendes, Tomas Hermes, Yago Dora, Willian Cardoso, Michael Rodrigues e Ian Gouveia. A missão é tirar o título do havaiano John John Florence, campeão nas duas últimas temporadas.

Para Gabriel Medina, campeão mundial em 2014, Florence pode ser considerado favorito pelos resultados, mas muita gente tem condições de competir com ele. “Na verdade o Circuito Mundial está muito disputado. Este ano a competição terá vários caras bons, não só o John John como qualquer outro surfista. Acho que cada ano que passa fica mais difícil e esta temporada vai ser uma batalha gigante”, afirma.

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Tentando sempre aprimorar a competição, a WSL (Liga Mundial de Surfe) adotou algumas novidades para este ano. A primeira foi a mudança em duas etapas. Logo depois do evento em Saquarema, no Brasil, os atletas vão para a Indonésia disputar os pontos nas ondas de Keramas. Em setembro, o duelo será na piscina de ondas de Kelly Slater, quando pela primeira vez os surfistas vão competir no circuito em ondas artificiais no Surf Ranch.

A entidade promete uma temporada incrível e está apostando também no uso da tecnologia. A promessa é que as transmissões ao vivo mostrarão gráficos com dados de GPS, como velocidade dos surfistas nas ondas, altura dos aéreos e o tempo dentro de um tubo. Algo parecido com isso ocorreu no teste na piscina de ondas de Kelly Slater, vencido por Gabriel Medina, no ano passado. Outra novidade está em uma pequena mudança nas etapas, que não terão mais a quinta fase.

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