Marcus Vinícius Freire, o superintendente executivo de esportes do COB, e a matemática não têm muitas afinidades. É dele a lapidar frase: "Alguém poderá dizer que é pouco, mas, para quem não tinha nenhum Centro Olímpico de Treinamento de excelência, passar a ter um significa um crescimento de 100%." Mas Freire tem calculadora, auxiliares e não é bobo - viu o que significa fazer grandes promessas, como Parreira, segundo o qual o Brasil tinha uma mão na taça da Copa, e não cumpri-las. O dirigente então reduziu sua estimativa de conquistas de medalhas - de 30 para 27, o que deve situar o país anfitrião dos Jogos de 2016 entre os dez melhores no número de pódios. Espertamente, ele não menciona o número de ouros. Em Londres, o Brasil obteve míseros três. O Brasil conseguiu 17 medalhas em 2012. Nos Mundiais, nos últimos 18 meses, o país obteve 27. De Londres para cá, despontaram talentos como Isaquias Queiróz, da canoagem, e a seleção feminina de handebol foi campeã mundial, para ficar em dois exemplos. Alcançar três dezenas de pódios é factível.