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Com apoio da torcida, Flávia vai a duas finais em estreia na ginástica

Após brilhar na Olimpíada da Juventude, ela avança na trave e solo

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Por DEMÉTRIO VECCHIOLI E NATHALIA GARCIA
Atualização:

Dona de três medalhas da Olimpíada da Juventude aos 15 anos, Flavia Saraiva fez suas primeiras competições como adulta nesta sexta-feira. A menina de 1,31 metros foi uma das primeiras a se apresentar no Ginásio do Ibirapuera, avançando às finais da trave e do solo, ambas programadas para o sábado. Na sua primeira série, Flávia mostrou nervosismo. Desequilibrou-se algumas vezes e chegou a cair do aparelho. Recebeu a nota 13.700, abaixo dos 14.000 que lhe deram a prata em Nanquim (China), mas o suficiente para avançar à final com a segunda melhor nota. Assim como nos Jogos Olímpicos da Juventude, foi superada apenas por uma chinesa. Quase tão baixinha quando Flávia, Chunsong Shang impressionou com a nota 15.100, mesmo desempenho que deu a Simone Biles (EUA) o título mundial do ano passado, em Nanning (China).

Flávia Saraiva, de 1,33m de altura, é uma das apostas brasileiras para os jogos olímpicos Foto: Ricardo Bufolin/ Divulgação

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No solo, as duas chinesas escaladas erraram. Com uma série bem mais difícil do que aquela que lhe rendeu o ouro olímpico em Nanquim, Flávia Saraiva avançou em primeiro, com 13.900. "Eu fiquei bem calma no solo. A torcida me ajudou bastante no solo, batendo palma. Fiz o que eu treinei, na verdade", comentou Flávia, ainda tímida no trato com os jornalistas. A segunda melhor nota também foi brasileira, com Lorrane Oliveira (13.750). 

De forma geral, o nível técnico da Copa do Mundo é baixo. A argentina Ailen Valente avançou à final do solo com nota 12.550, que a deixaria fora do top 100 do Mundial do ano passado, por exemplo. Na trave, a oitava colocada nesta sexta-feira em São Paulo teria sido 120ª colocada em Nanning. Após cair na entrada da apresentação, Lorrane acabou fora da final da trave, com 12.000, no décimo lugar.

MASCULINO

Diego Hypolito fez o básico para ir à final do salto. Atleta de melhor repertório entre os inscritos na prova, ele apresentou uma série de nota de partida baixa e avançou com a sexta melhor média, 14.375. "Fiz dois saltos bem mais fracos do que apresento em competições internacionais, foi mais para ir para a final. Hoje (sexta) estava com muita dor na coluna, ainda tem o solo de tarde, não podia usar toda a minha força no salto", argumentou o ginasta, que depois de competir subiu à arquibancada e foi tietado por crianças e adolescentes.

Principal nome da nova geração masculina, Ângelo Assumpção passou à final do salto com a quarta melhor nota, 14.800. O Brasil também estará na decisão das medalhas nas barras paralelas, com Francisco Barreto. Ele recebeu 15.100 dos árbitros e avançou em quinto. Na barra fixa, ficou fora da final, no 10.º lugar. 

No masculino, o nível técnico em São Paulo é mais alto, com a participação de bons atletas alemães, chineses e dois norte-americanos. Nas paralelas, Lukas Dauser (Alemanha) avançou em primeiro, com 15.650. Nicolas Córdoba (Argentina) e Lianshen Ji (China) tiraram 15.100 e ficaram empatados em primeiro na barra fixa. Lutando por uma vaga na equipe que vai ao Mundial de Glasgow (Escócia), em outubro, Pétrix Barbosa não foi bem no Ibirapuera nesta sexta. Ficou no 11.º lugar na barra fixa e, nas paralelas, foi 12.º.

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