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Cuba segue como nº 1 na AL e Caribe

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Por Agencia Estado
Atualização:

Cuba não repetiu os números de Sydney/2000 nestes Jogos de Atenas, mas os atletas da ilha do comandante Fidel Castro voltaram satisfeitos para casa, por terem reafirmado sua condição de número um no esporte entre os países da América Latina e do Caribe. O país terminou a competição com 9 medalhas de ouro; 7 de prata e 11 de bronze, um total de 27 medalhas, na 11ª colocação. Em Sydney, eram 238 competidores cubanos, que obtiveram 11 medalhas de ouro, 11 de prata e 7 de bronze e ficaram em 9º lugar. Para Atenas, o número de atletas caiu para 152. O recorde cubano em Olimpíada foi em Barcelona/1992: o país ficou em 5º lugar, com 14 medalhas de ouro, 6 de prata e 11 de bronze. O boxe foi, mais uma vez, a vedete do pódio cubano. Cuba só chegou ao 11º lugar neste domingo, com as finais dos torneios de boxe. A delegação contava com 11 pugilistas e só 3 ficaram fora das semifinais. Sete foram às finais; deles, cinco chegaram ao alto do pódio. O ouro veio nas categorias até 48 quilos, 51 quilos, 54 quilos, 60 quilos e 91 quilos. Enquanto Guillermo Rigondeaux e Mario Kindelán se tornaram bicampeões olímpicos, Yan Barthelemí, Yuriorkis Gamboa e Odlanier Solís, ainda muito jovens, certamente estarão nos Jogos de Pequim. No atletismo, onde os cubanos costumam obter bons resultados, a grande decepção foi Yipsi Moreno, do lançamento do martelo. Ela perdeu para a russa Olga Kuzenkova, que bateu o recorde olímpico duas vezes e deixou a nova marca de 75m02. O país teve ainda, na prova, Yunaika Crawford, com o bronze. A lançadora de peso Yumileidi Cumba herdou o ouro retirado da russa Irina Korzhanenko por doping; Osleidys Menendez também ficou com ouro ao lançar o dardo a 19m59. No revezamento 4 x 100 metros, os cubanos, que foram medalha de bronze em Sydney, nem participaram. "Estranho, eles nem figuram entre os principais agora. Não se ouve mais falar da velocidade de Cuba", observou o brasileiro Cláudio Roberto de Souza. Mas Anier Garcia garantiu o bronze nos 110 metros com barreiras. Para ele, foi como se tivesse recebido ouro, depois de uma seqüência de lesões que ameaçavam sua participação na Olimpíada e o deixaram de foram dos Jogos Pan-americanos e do Mundial de Paris. País tradicional no judô, assim como em Sydney, Cuba não levou nenhum ouro no torneio, "a maior surpresa dos Jogos" na avaliação da brasileira Daniele Zangrando. Em 2000, foram 5 medalhas de bronze e uma de prata. "Não fomos bem mesmo", concordou o meio-leve cubano Yordanis Arenciba, medalha de bronze - a única do judô masculino cubano. As mulheres ganharam quatro bronzes e uma prata. Para Daniele, os cubanos podem ter enfrentado problemas na preparação. Eles sempre recebem convites para participar de torneios no exterior, algo que não ocorreu este ano. Campeões - De um lado, Mario Kindelán, de 33 anos, orgulho cubano. Do outro, o inglês Amir Khan, de 17. No desafio da categoria leve, o veterano se saiu melhor. O bronze foi dividido entre o russo Murat Khrachev e Serik Yeleuov, do Casaquistão. No total, Cuba levou metade dos seis ouros disputados neste domingo, além de uma prata e um bronze. Os outros campeões cubanos saíram das categorias mosca e galo. Na primeira, o ouro ficou com Yan Bhartelemy, seguido pelo turco Atagun Yalcinkaya. No galo, venceu Guillermo Rigondeaux. Entre os meio leve-ligeiros, o melhor foi Bakhtiyar Artayev, do Casaquistão, deixando para trás o cubano Lorenzo Aragon. O bronze ficou com Oleg Saitov, da Rússia, e Kim Jung-joo, da Coréia do Sul. Na categoria meio-pesado, vitória do americano Andre Ward. A disputa dos super pesados encerrou com o triunfo do russo Alexander Povetkin. A prata foi para Mohamed Aly, do Egito, e o bronze para o italiano Roberto Cammarelle e o cubano Michel Lopez.

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