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Denunciado pelo MPF, aliado de Coaracy desiste de candidatura na CBDA

Dirigente é acusado pela suposta fraude na compra de equipamentos esportivos

Por Demetrio Vecchioli
Atualização:

Denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo por suposta fraude na compra de equipamentos esportivos com recursos de um convênio com o Ministério do Esporte, Ricardo de Moura desistiu de sua candidatura para substituir Coaracy Nunes na presidência da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA). Sérgio Silva, da Bahia, será o concorrente da situação.

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Quando Coaracy, no cargo desde 1988, decidiu não concorrer a mais uma reeleição, indicou Moura como seu candidato. Atual coordenador técnico de natação, ele é o braço direito do presidente, que, devido às suas condições de saúde, está cada vez mais distante do comando diário da CBDA.

Apesar da campanha que vinha fazendo nos bastidores, Moura desistiu da candidatura. Ele chegou a ser afastado do cargo que tem na CBDA, junto a Coaracy e outros três dirigentes, em consequência da investigação do MPF. Só na semana passada é que o desembargador Nery da Costa Júnior, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), derrubou a liminar e devolveu os cinco a seus postos.

Assim, a chapa de situação terá como candidato à presidência Sérgio Luiz Sampaio Lacerda Silva, mais conhecido como Sérgio Silva, presidente da Federação Baiana de Desportos Aquáticos. A entidade tem forças nas maratonas aquáticas (de lá vieram os olímpicos Allan do Carmo e Ana Marcela Cunha), mas passou sete anos sem ter uma única piscina olímpica em Salvador. Foi lá, inclusive, que a seleção brasileira masculina de polo aquático fez sua reta final de preparação para o Rio-2016.

A chapa tem como candidato à vice-presidência Marcelo Peixoto Amin, que comanda a federação de Santa Catarina. O Estado também não tem representatividade na natação. Assim como a Bahia, só levou quatro atletas à edição deste ano do Troféu Maria Lenk.

A eleição ainda não tem data para acontecer, mas precisa ser realizada no primeiro semestre de 2017, como manda o estatuto. A chapa de oposição é liderada por Miguel Carlos Cagnoni, presidente da Federação Aquática Paulista, a mais importante do País. Quase metade dos inscritos no Maria Lenk eram de São Paulo. O vice dele é Luiz Fernando Coelho, presidente da Federação Aquática Pernambucana.