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DIÁRIO DA SELEÇÃO: A premonição de Lionel Messi

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Por Luiz Antônio Prósperi
Atualização:

Engana-se quem pensa que Felipão perdeu o rumo na condução da seleção. Rumo ele tem, sabe o que fazer para levar o time até a final do dia 13, no Maracanã. Agora, se vai ter a resposta que espera dos jogadores, essa é outra conversa. Do outro lado, os rapazes também têm de abraçar a causa de Felipão, enxugar as lágrimas e jogar com inteligência, o que até a batalha com o Chile ainda não haviam conseguido mostrar.

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Outro detalhe importante aponta para uma lógica dessa Copa: o sofrimento. Nenhuma das grandes seleções deixou de sofrer até aqui. Se todo mundo suou sangue para avançar no Mundial, o Brasil também entrou nessa barca. Felipão deve ter usado ontem o exemplo de Messi. O astro argentino sofreu como um excomungado até os derradeiros minutos da prorrogação para achar Di María e servir o amigo no gol redentor diante da Suíça. E olha que por pouco os suíços não levaram a questão para os pênaltis. Não fosse um pé da trave e Messi teria de resolver a parada na cruel disputa na marca da cal. Estamos falando de Messi.

Os sempre altivos alemães dobraram tanques ao meio para superar a resistência argelina. Um duro combate resolvido na prorrogação. Outra jornada épica da Copa. Os franceses lutaram até o minuto final para vencer a Nigéria, em uma partida eletrizante e cheia de dor e lágrimas.

O que dizer então de Bélgica e Estados Unidos? Outro jogo decidido na prorrogação com um ir e vir de área a área impressionante, até a Bélgica fazer valer sua melhor técnica. Não se pode esquecer da queridinha Costa Rica, mais uma a passar às quartas com um empenho absurdo diante dos gregos com vocação para heróis.

Toda essa torrente de sofrimento dos eventuais adversários cabe na cartilha de Felipão de que não é só o Brasil a padecer no paraíso. Até aí, tudo bem. O que não dá para compreender é a síndrome de pânico que tomou conta da seleção. Talvez toda essa falta de cabeça seja uma grande desculpa para o fraco futebol que o time tem apresentado. Ou, vai ver, os rapazes de Felipão não são de nada mesmo.

Eles têm mais uma chance de se redimir. Basta vencer a Colômbia e despachar James Rodríguez para Bogotá. E tirar Messi para dançar. "Sinto que esse Mundial pode ser da Argentina", disse Messi ontem.

E aí, David Luiz, vai encarar?

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