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Dirigente da Federação Paulista se mostra surpreso com insinuações de Coaracy

Presidente da CBDA diz 'estranhar' investigação feita pelo MPF-SP

Por Nathalia Garcia
Atualização:

O presidente da Federação Aquática Paulista, Miguel Carlos Cagnoni, se mostrou surpreso com as insinuações do presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Coaracy Nunes, de que existe uma influência política na denúncia de fraude na CBDA, que está sendo investigada pelo Ministério Público Federal (MPF).

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"É extremamente curiosa essa afirmação dele. O Ministério Público Federal é um órgão de justiça muito sério, muito criterioso, não vejo possibilidade de o MPF se ver envolvido em uma intriga política de uma federação regional. Me parece um desvio de foco. Para mim, ele está tentando tirar o foco de cima dele e lançar esse foco para cima de outros", afirmou.

O dirigente torce para que as denúncias sejam esclarecidas da melhor maneira. "Espero que não seja verdade. É um processo que está no começo. Se for verdade, é um negócio muito grave, que pode prejudicar muito os esportes aquáticos do Brasil. Temos uma posição de destaque no cenário esportivo, são esportes importantes dentro do quadro olímpico, isso seria muito ruim. Espero que tudo possa ser esclarecido."

Em nota, Coaracy negou as acusações e questionou a investigação do MPF. "Causa estranheza o fato de a CBDA estar sediada no Rio de Janeiro e a investigação ser feita pelo Ministério Público de São Paulo. Curiosamente, o candidato de oposição à atual gestão da CBDA é justamente o presidente da Federação Paulista", continuou, se referindo a Miguel Carlos Cagnoni.

Na próxima semana, será realizada uma Assembleia Geral Extraordinária a fim de aprovar as mudanças e ajustes no Estatuto da entidade. "Se o juiz der um despacho favorável ao Ministério Público Federal, a CBDA fica sem ter comando. A Assembleia não pode ser realizada porque precisa ter um presidente, a Assembleia não será realizada se essa ação for considerada correta pelo entendimento do juiz. Acredito que corre o risco de a Assembleia não ser realizada", comentou Cagnoni.

"O vice-presidente pode assumir, no caso do impedimento do Coaracy Nunes. Teoricamente, a Assembleia seria realizada, uma vez que ela já foi convocada. Se eu tivesse uma situação semelhante, eu tentaria manter a Assembleia. Senão, você perde os prazos. O ideal seria que ela fosse realizada. Tomara que não seja nada, será um transtorno muito grande em todos os sentidos", completou.

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