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Dirigentes de confederações se calam diante de denúncias contra Nuzman

Presidentes das entidades preferem se manifestar apenas quando a situação esteja concluída

Por Catharina Obeid e Paulo Favero
Atualização:

Os presidentes de confederações esportivas brasileiras estão evitando se manifestar sobre a prisão temporária de Carlos Arthur Nuzman até que a situação seja concluída. Procurados pelo Estado, diversos dirigentes preferiram não dar declarações sobre o movimento olímpico e os rumos que poderá tomar no País.

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Mauro Silva, presidente da CBBoxe, foi um dos poucos que atendeu a reportagem. Ele se mostrou triste com a notícia e disse reconhecer o direito do acusado em se defender. "Não é uma notícia agradável, mas ainda está em andamento. A gente que está no meio do esporte não se sente bem com isso. Mas, agora, vem o próximo passo e o advogado vai fazer a defesa, que é direito dele. Temos de esperar para ver no que isso vai dar", analisou.

Nuzman foi detido na manhã desta quinta Foto: Silvia Izquiero/AP

Quem também falou brevemente foi Vicente Fernando Blumenschein, presidente da Confederação Brasileira de Tiro com Arco (CBTArco). Ele está em Rosário, na Argentina, acompanhando o Mundial Junior da modalidade. "Eu estou numa competição fora do País e só vi o noticiário por cima, nem li direito o que aconteceu", explicou.

Muitos dos dirigentes estão no Chile, onde estão sendo disputados os Jogos Sul-Americanos da Juventude. Eles estão representando suas confederações e distantes da turbulência política no Comitê Olímpico do Brasil (COB). Oficialmente, a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) e Confederação Brasileira de Golfe (CBG) avisaram que não iriam se manifestar neste momento.

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Vale lembrar que a única confederação que fez oposição a Nuzman na última eleição do COB foi a de tênis de mesa (CBTM). Seu presidente, Alaor Azevedo, está no Chile e afirmou que não iria se manifestar também, mesmo ciente de que Nuzman encomendou um dossiê sobre ele justamente por ser um grande opositor.

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