PUBLICIDADE

Publicidade

Emissoras querem 'imersão' do espectador durante o Rio-2016

Interatividade e imagem de qualidade são as apostas

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

A palavra chave para as transmissões dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro é imersão. O desafio das emissoras credenciadas para a cobertura do evento é fazer que quem esteja em casa se sinta cada vez mais próximo das arenas, dos atletas e dos próprios jornalistas e torcedores. A tecnologia promete ser o grande aliado nessa missão, de modo a aumentar a qualidade da imagem que os espectadores receberão e a interatividade. A ordem é fazer que o torcedor não saia de frente da televisão durante os Jogos. Entre as novidades que devem debutar na Olimpíada do Brasil está a tecnologia de captação de imagens em 4k UltraHD (o termo significa que a quantidade de pixels na tela é de 3.840 na horizontal e 2.160 na vertical - veja abaixo como foi a transmissão durante a Copa do Mundo de 2014). A Globo, parceira oficial do Comitê Olímpico Internacional na transmissão dos Jogos, investiu em uma nova unidade móvel, com capacidade para captar imagens com mais tecnologia. Segundo José Manuel Mariño, diretor de tecnologia para jornalismo e esporte da Globo, apesar de a transmissão em 4k ainda engatinhar no Brasil, mesmo para quem tem um aparelho FullHD, ela deverá ser captada em alguns lares com qualidade de imagem superior às demais. Nos esportes olímpicos, isso faz diferença. Traz detalhes dos movimentos dos atletas em treinos e provas.

  Foto: Arte|Estadão

"É inegável ver que estamos buscando cada vez mais uma imersão do espectador. Fazer com que ele se sinta na arena, dar a ele um sentimento de 'estar presente'. Nesse aspecto, os dispositivos têm aumentado de tamanho. O tamanho maior dá mais imersão. Quando você aumenta o tamanho da tela, como em qualquer imagem gráfica, você precisa diminuir o tamanho dos pixels para não perder resolução. O 4k e a televisão UltraHD vêm de encontro a isso", explica José Manuel. A unidade móvel também permitirá a captação de imagens em HDR (High Dynamic Range), um método de fotografia que melhora a visibilidade na distinção entre sombras e luz. "Fazer uma unidade móvel e não contemplar isso seria um contrassenso." 

PUBLICIDADE

"A tecnologia que importamos de Israel (não posso dar muitos detalhes disso que é algo que vamos usar durante a Olimpíada) vai nos permitir informar imediatamente o cara de casa, disponibilizar por meio desta tecnologia algo que chame a atenção dele e que permita nosso fã de esportes ter acesso a informação continuamente, inclusive sobre o que estamos mostrando de um canal para outro", diz Palomino. "É completamente interativo, com a junção das redes sociais. Pretendemos que o fã do esporte não se sinta tentado a mudar de canal." 

Tanto Globo quanto ESPN também apostam em aprofundar as informações diárias dos Jogos . Enquanto a emissora carioca promete implementar a "mesa tática", já conhecida nas transmissões do futebol, para esportes como o basquete e o vôlei, o canal à cabo vai utilizar a tecnologia para levar estatísticas de uma maneira diferente para os torcedores, por meio do chamado Data ESPN. "Nós investimos não só aqui no Brasil, mas também nos EUA, para pegar essas estatísticas e ir para outro nível de compreensão. E isso você só consegue com uma base de dados muito grande, com uma tecnologia para conseguir fazer a exposição disso virtualmente na televisão e com a rapidez de disponibilizar a informação na hora em que ela está ocorrendo", completa Palomino. 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.