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Ex-médico da ginástica dos EUA pega 60 anos de prisão por pornografia infantil

Larry Nassar, condenado por abuso sexual, 'nunca mais deveria ter acesso a crianças', diz sentença

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Por Redação
Atualização:

Acusado de abuso sexual por diversas ginastas dos Estados Unidos, o ex-médico da seleção do país na modalidade Larry Nassar foi condenado à prisão pela Justiça norte-americana, nesta quinta-feira, por um caso paralelo. Ele foi sentenciado a 60 de cadeia por posse de pornografia infantil.

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A juíza Janet Neff seguiu a recomendação dos promotores do caso, decretou a pena e disse que Nassar "nunca mais deveria ter acesso a crianças". A pornografia infantil sob posse do médico foi descoberta no ano passado, justamente quando ele era investigado por abuso sexual.

Larry Nassar reage a sentença recebida em 22 de novembro de 2017, quando foi julgado por crime de assédio sexual Foto: Jeff Kowalsky/AFP

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Recentemente, Nassar foi denunciado por diversas ginastas por abuso. Entre aquelas que se manifestaram publicamente contra o médico, estavam as atletas olímpicas Aly Raisman, McKayla Maroney e Gabby Douglas, com quem ele havia trabalhado na seleção norte-americana.

As acusações resultaram em dois processos contra Nassar na Justiça do país, os quais ainda não tiveram uma definição. A decisão da juíza Janet Neff, aliás, prevê que a pena aplicada por posse de pornografia infantil só deverá começar a ser cumprida depois que ele completar suas sentenças nestes outros casos.

O próprio Nassar admitiu ter abusado sexualmente de diversas atletas que o procuravam para tratar de dores nas costas ou nos quadris. Os advogados de defesa informaram o tribunal que o médico "se arrepende profundamente da dor que causou para a comunidade".

Uma das atletas abusadas, McKayla Maroney chamou Nassar de "monstro" e disse que ele "deixou cicatrizes psicológicas que podem nunca sumir", em uma carta enviada à juíza Neff. Além dos casos criminais, mais de 100 mulheres e garotas estão processando o médico pelos abusos.

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