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Fenômeno eslovaco desponta como nome de futuro no ciclismo

Peter Sagan está prestes a terminar com a camisa verde, destinada ao líder dos pontos, pelo terceiro ano seguido

Por Alessandro Lucchetti
Atualização:

À medida em que a Volta da França vai se encaminhando para o seu final, que será no domingo, as atenções se voltam cada vez mais, naturalmente, para a disputa da camisa amarela. O italiano Vincenzo Nibali, conhecido como o “Tubarão de Messina”, chama para si os holofotes. Na edição deste ano, ele se tornou o primeiro ciclista a vencer quatro etapas do mesmo tour, igualando-se ao belga Eddy “Canibal” Merckx, cinco vezes campeão da Volta da França nas décadas de 60 e 70.

Mas as disputas paralelas também apresentam ciclistas promissores. É o caso do eslovaco Peter Sagan, da equipe Cannondale, que está muito perto de terminar com a camisa verde, reservada ao líder por pontos, pelo terceiro ano seguido. Ele tem mais de 150 pontos de vantagem sobre o segundo colocado, Bryan Coquard. Segundo o britânico Mike Cavendish, dono da camisa verde em 2011 e um dos melhores sprinters da história, Sagan tem um grande futuro. “A cada geração desponta apenas um ciclista com essa qualidade. Ele é super, superbom. Está fazendo todos nós parecermos juvenis”.

Sagan está sendo preparado para vencer a Volta da França no futuro Foto: Divulgação

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Em entrevista por e-mail concedida ao Estadão, Sagan retribuiu a gentileza. “É sempre agradável ser elogiado por um adversário desses. Acho que ele é um dos mais importantes sprinters do mundo do ciclismo e certamente vai estar nos livros da história da nossa modalidade”. Praticante de mountain bike, ele se destaca desde os tempos de júnior. Certa vez, ele venceu uma corrida em seu país com uma bicicleta emprestada pela irmã, comprada num supermercado. “Eu havia quebrado minha bicicleta na véspera e a única disponível era a da minha irmã. Não pensei muito, porque eu queria correr. O resultado acabou sendo perfeito”. Aos 24 anos, Sagan, "O Exterminador", alimenta a perspectiva de brigar pelo título da Volta da França daqui a uns três anos. No ano passado, ele venceu  etapas de competições menores, como a Tirreno-Adriático e a Volta da Suíça. "Minha aposta pessoal é que, com mais maturidade e a perda de peso adequada, ele vai se tornar um ciclista de grandes tours", disse à revista Cycling Weekly Paolo Slongo, que foi treinador da Cannondale e trabalhou com Sagan de 2010 a 2013. Hoje ele orienta Nibali. "É como Lance Armstrong, que começou sua carreira em grandes tours, um pouco ousado, e ninguém botou muita fé. Sagan não tem limites nas corridas de um dia e estou apostando neles nos grandes tours no futuro", completa Slongo. 

 

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