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Fredericks diz que pagamento não tem relação com compra de votos para a Rio

Interrogado em Paris, ex-atleta afirma que recebeu R$ 976,6 mil por "serviços prestados" ao COI entre 2007 e 2011

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Por Redação
Atualização:

O ex-atleta Frankie Fredericks foi interrogado nesta quinta-feira em um tribunal de Paris, na França, sobre a suspeita de compra de votos para o Rio de Janeiro sediar a Olimpíada de 2016. Ele está na mira da Justiça por ter recebido US$ 299,3 mil (R$ 976,6 mil) em 2 de outubro de 2009, mesmo dia em que o Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou em Copenhague, na Dinamarca, que os Jogos ocorreriam na cidade brasileira.

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O interrogatório do campeão mundial dos 200 metros em 1993 teve duração de uma hora. Ele disse que recebeu a quantia por "serviços prestados" ao COI entre 2007 e 2011. Disse que o seu contrato com a entidade foi firmado em 11 de março de 2007 e que o pagamento "nada tem a ver com os Jogos Olímpicos".

Frank Fredericks (direita) é suspeito de ter recebido US$ 1,5 milhão de empresários próximos aos organizadores do Rio-2016 Foto: Paul Hackett/Reuters

No entanto, o que chamou a atenção dos investigadores franceses é que o pagamento foi feito pela empresa de Papa Massata Diack, filho do ex-presidente da Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês), Lamine Diack. Ambos são acusados de participação no esquema de compra de votos que teria como protagonistas o ex-presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, e o ex-governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, que negam qualquer irregularidade. Frankie Fredericks, nascido na Namíbia, era responsável pelo processo de apuração dos votos para o COI e presidia a comissão de avaliação dos Jogos de 2024. Teve que se demitir após as denúncias que o colocam sob suspeita no caso do Rio de Janeiro.

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