O América vencia o Morelia por 1 a 0 no domingo, quando, aos 32 minutos do primeiro tempo, uma sobra de bola na área terminou com a finalização de Gastón Lezcano na direção do gol. O brasileiro William da Silva, ex-Palmeiras, se atirou na direção da finalização e a bloqueou com as costas. O árbitro Guido González Jr., no entanto, viu pênalti.
Em meio às reclamações dos jogadores do América, o experiente atacante do Morelia Luis Gabriel Rey, de 37 anos, ex-atleta justamente do adversário, se aproximou do árbitro, o alertou do erro e avisou que não cobraria a penalidade. Imediatamente, Guido González Jr. voltou atrás e promoveu uma bola ao chão para retomar a partida.
"São jogadas em que alguém se dá conta de que não aconteceu o que realmente considerou o árbitro, mas acho que a honestidade está acima de qualquer coisa", justificou Rey. "Espero que sirva de exemplo. Nós, como jogadores, devemos estar dispostos a jogar e que não nos ajudem e também não nos atrapalhem."
A honestidade do atacante impediu que o Morelia empatasse naquele momento o confronto, que terminou com vitória do América por 2 a 0. Ainda assim, seu clube fez questão de exaltar a atitude. "No Monarcas Morelia, enaltecemos o gesto de nosso jogador, Luis Gabriel Rey, que é exemplo de jogo limpo", escreveu em nota.
No Brasil, também no domingo, o árbitro Luis Antônio Silva dos Santos assinalou pênalti inexistente em suposto toque de mão do flamenguista Renê após tentativa de cruzamento do vascaíno Nenê. Neste caso, ninguém o alertou do erro, o mesmo Nenê foi para a cobrança e decretou o empate por 2 a 2 em Brasília, pelo Carioca. Como resultado, Luis Antônio e o auxiliar Daniel do Espírito Santo Parro foram afastados pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj).