Jogador se nega a bater pênalti após toque de mão inexistente em duelo mexicano

No dia em que um toque de mão inexistente se transformou em polêmica e decidiu o empate no clássico entre Flamengo e Vasco pelo Campeonato Carioca, nos Estados Unidos um erro semelhante da arbitragem teve desfecho bem diferente. No amistoso diante do América do México, realizado na cidade de San José, na Califórnia, um jogador do Monarcas Morelia alertou o juiz sobre a falha e se recusou a cobrar o pênalti.

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Por Redação
Atualização:

O América vencia o Morelia por 1 a 0 no domingo, quando, aos 32 minutos do primeiro tempo, uma sobra de bola na área terminou com a finalização de Gastón Lezcano na direção do gol. O brasileiro William da Silva, ex-Palmeiras, se atirou na direção da finalização e a bloqueou com as costas. O árbitro Guido González Jr., no entanto, viu pênalti.

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Em meio às reclamações dos jogadores do América, o experiente atacante do Morelia Luis Gabriel Rey, de 37 anos, ex-atleta justamente do adversário, se aproximou do árbitro, o alertou do erro e avisou que não cobraria a penalidade. Imediatamente, Guido González Jr. voltou atrás e promoveu uma bola ao chão para retomar a partida.

"São jogadas em que alguém se dá conta de que não aconteceu o que realmente considerou o árbitro, mas acho que a honestidade está acima de qualquer coisa", justificou Rey. "Espero que sirva de exemplo. Nós, como jogadores, devemos estar dispostos a jogar e que não nos ajudem e também não nos atrapalhem."

A honestidade do atacante impediu que o Morelia empatasse naquele momento o confronto, que terminou com vitória do América por 2 a 0. Ainda assim, seu clube fez questão de exaltar a atitude. "No Monarcas Morelia, enaltecemos o gesto de nosso jogador, Luis Gabriel Rey, que é exemplo de jogo limpo", escreveu em nota.

No Brasil, também no domingo, o árbitro Luis Antônio Silva dos Santos assinalou pênalti inexistente em suposto toque de mão do flamenguista Renê após tentativa de cruzamento do vascaíno Nenê. Neste caso, ninguém o alertou do erro, o mesmo Nenê foi para a cobrança e decretou o empate por 2 a 2 em Brasília, pelo Carioca. Como resultado, Luis Antônio e o auxiliar Daniel do Espírito Santo Parro foram afastados pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj).

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