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Kiplagat recupera liderança e Quênia domina maratona em Daegu

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Por PETER RUTHERFORD
Atualização:

Edna Kiplagat foi ultrapassada por uma colega de equipe mas recuperou a liderança para conduzir o Quênia a um pódio completo na maratona feminina e conquistar a primeira medalha de ouro no campeonato mundial de atletismo no sábado. A policial de 31 anos correu com o joelho sangrando, deixando para trás as compatriotas Priscah Jeptoo e Sharon Cherop nos últimos dois quilômetros para vencer seu primeiro campeonato mundial em 2 horas, 28 minutos e 43 segundos. O domínio do Quênia no pódio representou a primeira vez que um único país conquistou todas as medalhas da maratona, masculina ou feminina, em um campeonato mundial. "Este é o meu primeiro mundial e estou muito feliz por ter vencido," disse Kiplagat aos repórteres. "Não tive nenhuma estratégia especial, apenas tentei acelerar nos 32 km... as etíopes não poderiam me alcançar depois disso." Kiplagat, que terminou em terceiro lugar na maratona de Londres este ano e venceu a de Nova York no ano passado, foi ultrapassada por Cherop após abrir vantagem com suas colegas quenianas e a etíope Aberu Kebede. Kiplagat tinha passado à frente de sua colega e as pernas de ambas se tocaram e ela caiu. Cherop imediatamente parou para ajudá-la a se levantar, mas de qualquer maneira o incidente interrompeu o ritmo da eventual vencedora. "Foi um pouco doloroso, mas tive que esquecer tudo e correr," ela disse a Reuters após a corrida. "Saiu um pouco de sangue... eu fiquei surpresa e não sabia se iria terminar a corrida." FORTE RITMO Jeptoo terminou 17 segundos atrás de Kiplagat em 2:29.00 para a prata com Cherop ficando com o bronze e o tempo de 2:29:14. Cherop disse que não teve culpa pela queda de Kiplagat mas não hesitou em ajudar sua colega a ficar novamente de pé. "Fiquei irritada porque não foi minha culpa," ela disse em entrevista coletiva. "Mas depois que vi minha amiga caída eu tive que parar e ajudá-la a se levantar." As nuvens e a leve brisa ajudaram a diminuir os efeitos da alta umidade na cidade-sede sul-coreana, mas os primeiros 35 quilômetros foram corridos em ritmo constante com os corredores quenianos, etíopes e japoneses se acotovelavando num grande grupo de liderança. Kiplagat disparou mantendo forte ritmo após a marca dos 35 km e, apesar da queda, cobriu os cinco quilômetros seguintes em 16 minutos e 11 segundos para garantir a vitória. Seu marido e treinador, Gilbert Koech, disse ter ficado muito feliz com o resultado. "Estou muito orgulhoso do que ela conquistou aqui," disse ele a Reuters. "Eu não vi sua queda, mas uma das coisas boas é que ela é mentalmente forte e suporta qualquer tipo de pressão." "Agora estamos 100 por cento focados nas Olimpíadas de Londres."

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