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Katie Ledecky foca nos estudos e não se preocupa com pressão por resultados

Nadadora americana abre mão de patrocínios para completar faculdade, mas avisa que quer estar na Olimpíada de Tóquio

Por Daniel Batista
Atualização:

Fenômeno das piscinas com apenas 20 anos, Katie Ledecky tem um objetivo que destoa de sua importância para a natação mundial. Antes de pensar em Jogos Olímpicos do Japão e próximas conquistas, a meta da americana é focar nos estudos e mostrar o mesmo visto nas águas dentro de uma sala de aula. Em nome do sonho de ser uma universitária, ela abriu mão de cerca de US$ 5 milhões (R$ 16,2 milhões) de patrocínios.

Ledecky é uma das candidatas ao prêmio de melhor atleta mulher do ano. Ela compete com Allyson Felix (EUA), Garbine Muguruza (Espanha), Caster Semenya (África do Sul), Mikaela Shiffrin (EUA) e Serena Williams (EUA). “É uma grande honra. É o terceiro ano que sou indicada e é sempre uma honra esse reconhecimento. É uma honra ser reconhecida por um grupo tão prestigiado”, disse a atleta.

Ledecky disputará campeonatos universitários. Foto: Preston Gannaway / The New York Times

A nadadora está cursando a Universidade de Stanford. “Agora estou concentrada na temporada colegial. Teremos campeonatos da NCAA (campeonatos universitários) e esse é o meu foco a curto prazo neste momento”, explicou a nadadora, que era para ter iniciado a universidade em 2016, mas adiou o estudo por causa dos Jogos no Rio, onde venceu os 200m, os 400m e os 800m livres e ainda o revezamento 4 x 200m livres, além de conquistar uma prata no 4 x 100m livre.

Apesar do foco nos estudos, a americana deixa claro que também quer a vaga para Tóquio. “É um desafio se qualificar para as Olimpíadas, especialmente o quão é forte a natação nos Estados Unidos. Sei que vou continuar treinando muito e me preparar da melhor forma para as eliminatórias”, avisou.

Ledecky demonstra que, apesar de jovem, tem maturidade para lidar com a pressão de todo o mundo esperar por mais resultados marcantes em sua carreira. “A melhor coisa que eu tenho que fazer é não focar nas expectativas externas. Enquanto eu me concentrar em meus objetivos pessoais, as coisas vão acontecer. Se as pessoas esperam que eu ganhe um certo número de medalhas, é a vontade delas. Não é algo que vou me concentrar. Eu certamente gostaria de continuar a competir neste nível e melhorar a cada dia, mas o fato é que as coisas vão ficando cada vez mais difíceis para mim quando eu for rápido”, comentou.

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No total, ela conta com sete medalhas em Olimpíadas, todos no estilo livre. Ela foi ouro nos 800m em 2012 (Londres), 200m, 400m, 800m e 4x200m em 2016 (Rio) e ainda ficou com a prata no 4 x 100m também no Rio. Já em Mundiais, a americana ganhou quatro em Barcelona, 2013 – 400m, 800m, 1500m e 4 x 200m e ainda faturou mais cinco ouros em Kazan, 2015 – 200m, 400m, 800m, 1500m e 4x200m.

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