Medalhistas no Pan são homenageados em evento no Rio

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Por Redação
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Atletas medalhistas nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, encerrado no último domingo, foram homenageados nesta manhã pela Petrobras, patrocinadora de competidores de 15 modalidades. Ao todo, 34 medalhistas foram saudados pelo presidente da estatal, Aldemir Bendine, que destacou o "orgulho que os brasileiros sentem" ao ver os atletas no pódio. Parte do grupo ainda seguirá para o Canadá na próxima semana para as competições do Parapan, que começam no dia 7 de agosto. Entre eles está o nadador Daniel Dias, de 27 anos, um dos principais nomes da natação do País, com 16 medalhas paralímpicas, sendo 11 de ouro. Para Daniel, os Jogos Parapan-Americanos representam "um grande teste para avaliar o trabalho realizado para os Jogos de 2016". O atleta, que nada há dez anos profissionalmente, com rotina de oito treinos semanais, destacou a importância do esporte para a saúde e autoestima das pessoas com deficiência. "Fico feliz de fazer parte desse time, e ter o apoio de uma grande empresa para demonstrar o valor do esporte paralímpico e da pessoa com deficiência. Tem muita gente em casa, com vergonha de sua deficiência, mas com grande potencial como atleta", disse. Ao todo, a Petrobras patrocina 15 modalidades com foco na preparação para a Olimpíada de 2016. "Se fôssemos um país, teríamos ficado em oitavo lugar no quadro de medalhas, entre Venezuela e Argentina", indicou Aldemir Bendine, durante a homenagem. "A gente tem algumas missões espinhosas, mas outras recompensadoras como essa. O apoio ao esporte é importante para a cidadania e a Petrobras apoia há 60 anos", indicou o presidente da empresa. "É uma oportunidade para grandes talentos como vocês, que dão orgulho aos brasileiros", completou. Entre os atletas presentes na homenagem, estava a ginasta Flávia Saraiva, de 15 anos. Um dos destaques do Pan de Toronto, a atleta ganhou duas medalhas de bronze na competição, mas já está de olho no Mundial, marcado para outubro. Treinando sete horas por dia, Flávia não se importa com as feridas decorrentes do treino. "Isso é normal, não é uma rotina. É algo que gosto de fazer", disse a atleta, uma das mais assediadas do evento. "Adoro competir e o resultado é fruto do trabalho. Me cobro bastante nos treinos, mas tento ser eu mesma e ser feliz", disse Flávia. Também ginasta, Ângelo Assunção, é outra aposta para 2016. Ele não participou do Pan por conta de uma lesão, mas está focado na disputa por equipes no Mundial para garantir mais chances de medalha para o País. Vítima de ofensas racistas por colegas da seleção de ginástica, ele disse ter superado a situação. "O preconceito existe, mas tem que saber usar. A maioria das pessoas está denunciando isso, para que não seja uma barreira para ninguém", disse o atleta. Segundo ele, a sensação que ficou do episódio é de "luto". Assim, ele evitou voltar ao tema. "Um atleta tem que aprender a lidar com situações como essa, dar a volta por cima. Minha sensação é como se tivesse perdido alguém, não estamos preparados para isso até que ocorra. Mas tive muito apoio e superei", indicou. Para ele, seria "maravilhoso" obter uma medalha no Rio. "É o grande sonho do atleta, representar seu país em casa, com a torcida falando a mesma língua", comentou. Seu colega do basquete, Marquinhos, resumiu a expectativa com a competição do próximo ano. "Jogo no Flamengo, sei o que é a torcida. É uma pressão sadia que nos ajuda a conquistar medalhas", indicou.

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