A principal fonte de renda do Comitê Olímpico do Brasil é via a Lei Agnelo/Piva, que prevê que 1,7% do valor arrecadado com loterias federais seja repassado à entidade. De acordo com o Ministério do Esporte, a decisão do COI de afastar Carlos Arthur Nuzman e suspender o COB não afeta de nenhuma maneira essa transferência de recursos. Neste ano a quantia obtida foi de R$ 210,5 milhões. Esse montante é dividido entre as confederações e projetos que visam à preparação e planejamento para os Jogos Olímpicos de Inverno e Verão (leia arte abaixo).
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“As regras de transferência de recursos públicos a entidades esportivas estão descritas na Lei Pelé. Apenas após descumprimento de tais determinações a entidade seria impedida de recebê-los”, afirmou o ministério em nota.
No entanto, uma ameaça financeira real foi enviada à Câmara dos Deputados: o governo federal fez uma proposta para a Lei Orçamentária Anual que prevê uma redução de 87% na comparação com a verba deste ano. Sobre isso, o ministério alega que trabalha junto ao Parlamento para que as ações de apoio ao esporte de alto rendimento não sejam comprometidas em 2018 e prevê crescimento nas arrecadações. “O cenário econômico mostra claros sinais de recuperação, com aumento da arrecadação, o que permite projetar um orçamento maior.”
COB BUSCA PATROCÍNIOS Após a saída da Nike no fim do ano, o COB acertou o contrato de patrocínio com a chinesa Peak, fabricante de material esportivo. Os valores não são revelados, mas estima-se que a marca pague o dobro de sua antecessora. Isso implica o fornecimento de uniformes para a delegação e dinheiro para algumas ativações.
Além dela, o COB conta com parcerias com Travel Ace (seguros de viagem), Aliansce (administradora de shoppings centers), Srcom (marketing de eventos) e Brw Sport Group (fornecedora de equipamentos fitness).
A entidade corre atrás de outros patrocínios e está no mercado em busca de empresas nas áreas financeira, de telefonia, aviação e saúde. A intenção é firmar novos negócios que tragam mais recursos para o COB.