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Novo rosto do skate brasileiro concilia esporte e estudos

Medalha de ouro nos X-Games, Olimpíada dos esportes radicais, Pâmela Rosa tem apenas 16 anos

Por Renan Fernandes
Atualização:

Foram três anos de dedicação para Pâmela Rosa faturar seu primeiro ouro nos X-Games. A espera chegou ao fim com a conquista em Oslo, na Noruega, no mês passado. Mas o feito na categoria street também trouxe um ônus: estudo dobrado. "Tenho um acordo com a secretaria de esportes e no retorno das viagens, estudo em duplo período para repor as aulas perdidas", explica o mais novo rosto dos esportes radicais do Brasil, aos 16 anos. 

Sempre precoce, ela começou na modalidade aos 9 anos, com 14 já participava de competições ao lado de lendas como Bob Burnquist, Sandro Dias e Nyjah Huston. Foi a mãe Evânia, sua principal companheira de viagem, que deu seu primeiro skate. "Ela deixou de pagar uma conta de luz e me deu um skate daqueles bem baratinhos", conta a jovem atleta. 

Pâmela Rosa, aos 16 anos, ganhou a medalha de ouro nos X-Games, em Oslo, na Noruega Foto: Gabriel Gonzaga

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Mesmo muita nova, Pâmela sabe os esforços que a família fez para que ela participasse das primeiras competições internacionais, e, hoje, vê no esporte a chance de recompensá-los. "O skate sempre será uma grande diversão, mas para mim, além disso, se tornou também uma profissão há uns três anos, porque com ele consigo dar uma ajuda para a minha família."

Dona de outras duas medalhas na que é considerada a Olimpíada dos esportes radicais (duas pratas conquistas em Austin, nos Estados Unidos, em 2014 e 2015), a adolescente conta que sua rotina de treinos na pista de street do poliesportivo do bairro Jardim Cerejeiras, em São José dos Campos, interior de São Paulo, continua igual. "Não tenho condições de ir para outras pistas, são muito distantes. Só próximo de algum campeonato que consigo sair". 

Entre suas outras conquistas estão o segundo lugar no Far'n High, a etapa francesa da Copa Mundial de Skate, em Paris. O bicampeonato do circuito mundial de skate feminino, os quatro títulos brasileiros, um sul-americano e quatro paulistas.

Antes do 1º lugar em Oslo, Pâmela sempre dizia em suas entrevistas que seu maior desejo era ganhar um ouro nos X-Games. Agora, que o sonho foi alcançado, a meta também mudou. "Gostaria de continuar andando por muito tempo, ter um vídeo divulgado em revistas especializadas nos EUA e, quem sabe, até um dia ver o skate nos Jogos Olímpicos e participar dele!".  

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