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O esporte brasileiro entre tabus, obrigações e pesadelos nos Jogos

Em Londres, ouro inédito no judô feminino e na ginástica masculina; a cada edição, quebra de tabus

Por CARLOS EDUARDO ENTINI
Atualização:

Londres 2012: ouro inédito no judô feminino e na ginástica artística masculina. A cada edição de Olimpíada, alguns tabus do esporte brasileiro são quebrados. Menos no futebol masculino, o mais esperado. A história poderá mudar neste sábado, quando a seleção olímpica brasileira disputará pela terceira vez uma final. Agora, contra o México. A ânsia pelo ouro começou a se tornar obrigação em 1984, quando as regras mudaram e foi permitida a presença de jogadores acima de 23 anos. A mudança foi benéfica para o Brasil, que conquistou quatro medalhas, duas de prata (1984 e 1988) e duas de bronze (1996 e 2008). Antes, o melhor resultado tinha sido um quarto lugar em Montreal, 1976. Apesar do avanço, a seleção brasileira também passou por pesadelos. Nos Jogos de 1992 e 2004 nem chegou a se classificar. Mas o maior fiasco foi em Sydney, 2000.A seleção comandada por Vanderlei Luxemburgo, coberta de regalias, chegou aos Jogos de classe executiva, ficou em hotel de luxo separado da delegação olímpica e os jogadores recebiam diárias de US$ 100. Mas, em campo, foi desclassificada por Camarões nas quartas de final. O Brasil começou perdendo e só empatou aos 48 minutos do segundo tempo. Na prorrogação, tomou o "gol de ouro" de um adversário com nove jogadores em campo. Para piorar, o técnico, alvo de denúncias de sonegação fiscal, e a seleção foram recebidos com hostilidade por uma multidão no aeroporto.

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