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Ouro em 80, Bjorkstrom venera Scheidt

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Por Agencia Estado
Atualização:

Lars Bjorkstrom, um sueco naturalizado brasileiro, sabe muito bem o que Robert Scheidt, Torben Grael e Marcelo Ferreira estão sentindo hoje. Há 24 anos, comemorou a conquista do ouro nos Jogos Olímpicos de Moscou, na Classe Tornado, ao lado de Alex Welter. Hoje, aos 60 anos, Lars trabalha como engenheiro em uma empresa de computação, só veleja quando sobra tempo. Sempre atarefado em seu escritório em São Paulo, arrumou tempo para acompanhar os Jogos de Atenas. "O Robert (Scheidt) realmente tinha tudo para ganhar. Se ele tem uma chance em dez, consegue vencer mesmo assim. Acho que ele é um fenômeno da vela", diz. Lars parou de competir há 20 anos, após o Mundial de Melbourne. "O Alex continuou. Mas eu já estava casado, com dois filhos. Era a hora de parar. Hoje não dá mais tempo de velejar, a não ser para brincar. Trabalho em uma empresa de engenharia de construção de datacentros de computação, e tem muito a se fazer nos finais de semana. Quando dá, vou para meu sítio em Parati, porque estou muito interessado em projetos ecológicos", assinala. Foi por causa de uma aventura que Lars veio parar no Brasil. "Quando eu estava na faculdade, lá na Suécia, um amigo tinha o sonho de rodar a América Latina em uma motocicleta. Quando nos formamos, viemos da Califórnia até aqui. Fiquei em São Paulo porque naquela época era muito mais fácil arrumar emprego quando se era estrangeiro e formado. Sinto saudade, mas o Brasil é meu lugar", conta. A parceria com Alex Welter também aconteceu por acaso. "Em 1975, meu tio comprou um barco na Suécia, e aqui no Brasil não se podia importar. Mas o meu veio em uma mudança. Um dia, o Alex viu meu barco ancorado e veio conversar comigo. Começamos a velejar juntos e ficamos oito anos fazendo uma parceria. Até hoje mantemos bastante contato. No domingo (passado) estávamos vendo a vitória do Robert. A vela mudou muito. Na nossa época, era tudo muito amador, só velejávamos nos fins de semana", lembra.

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