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Ouro no wakeboard quer impulsionar a modalidade no País

Marcelo Giardi, o Marreco, afirma que esperava conquistar, no máximo, um bronze na competição

Por Michel Castellar
Atualização:

"Vitória contra tudo e todos", esse foi o desabafo do paulista Marcelo Giardi, o Marreco, após a conquista da medalha de ouro no wakeboard, modalidade do esqui aquático, nos Jogos Pan-Americanos do Rio. De volta aos treinamentos há apenas um mês e meio do início da disputa continental, por causa de uma cirurgia, o atleta espera com seu feito impulsionar o crescimento do esporte no País. Veja também:Marreco vence e garante ouro para o Brasil no wakeboardO quadro de medalhas Os detalhes das modalidades em disputa "Mostrei para todo mundo que tinha condições de ganhar. Em dezembro, precisei fazer uma cirurgia no ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo e fiquei cinco meses parado", disse Marreco. "Infelizmente, tive que operar, porque não cuidei direito da contusão. Foi uma corrida contra o tempo. Mas sabia que conseguiria." Marreco contou ter iniciado a disputa no sábado com a certeza de que brigaria pela medalha de bronze. Só que após terminar em primeiro a preliminar realizada na Lagoa Rodrigo de Freitas, tudo mudou. "Muitas pessoas falaram para eu parar de pensar no ouro mas não tinha jeito. Vi que dava para ser o primeiro e esse pensamento não saiu mais da minha cabeça. Ganhar hoje foi maravilhoso. É uma surpresa ganhar o ouro, mas já esperava uma medalha", afirmou Marreco. Na final desta segunda-feira, o brasileiro totalizou 86,46 pontos, contra 81 do canadense Brad Buskas, e 76,98 pontos do argentino Edgardo Martin. Esta é a primeira participação do wakeboard no Pan. Durante a exibição, os competidores são avaliados pela intensidade (altura), composição e execução da manobra. Na final, os dois primeiros quesitos foram os diferenciais de Marreco. Apesar da queda durante a segunda passagem pelos juízes, Marreco não teve a medalha de ouro ameaçada. Ele destacou que a variação das manobras apresentadas e a eficiência na execução asseguraram o ouro. "Peguei a onda no bico, acabei capotando. Deu tudo certo e a ficha ainda não caiu", contou. Aos 24 anos, Marreco treina todos os dias na represa de Guarapiranga, em São Paulo. No local, ele tem um escolhinha de wakeboard que espera fazer crescer embalado pelo sucesso e frutos da medalha de ouro. "Vai ser muito bom porque o wake (board) vai crescer no Brasil e o mundo vai nos reconhecer. E tenho a certeza de que até a minha escolinha vai ser reconhecida", ressaltou Marreco, que começou a competir aos 14 anos. Durante todo esse tempo acumulou títulos, como vice-campeonato mundial júnior, em 1999, o Campeonato Sul-Americano, em 2006, e o pentacampeonato brasileiro.

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