Pacientes custodiados serão transferidos de hospitais públicos até a Olimpíada

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Por Clarissa Thomé
Atualização:

A Secretaria Municipal de Saúde pretende "zerar" até o fim da semana a internação de presos custodiados nos hospitais referência para atendimento médico na Olimpíada. Em 19 de junho, o traficante Nicolas Labre Pereira de Jesus, o Fat Family, de 28 anos, foi resgatado do Hospital Souza Aguiar, no centro, uma das unidades listadas para atendimento de emergência durante os Jogos Olímpicos. Na ação, um paciente morreu.

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Dos 55 custodiados em junho, "menos da metade" ainda aguarda transferência. Será ainda publicada uma resolução que estabelecerá os procedimentos para atendimento de custodiados em hospitais públicos. A ideia é que eles sejam transferidos para a Unidade de Pronto Atendimento do Complexo Penitenciária de Gericinó ou para o Hospital Penitenciário o mais rápido possível e aguardem, nessas unidades, a realização das cirurgias.

O secretário de Estado de Saúde, Luiz Antônio Teixeira Júnior, lembrou que o ingresso de presos nas unidades públicas ocorre diariamente, mas que a segurança estará reforçada nos hospitais.

Os secretários e o ministro da Saúde, Ricardo Barros, participaram do lançamento do Centro Integrado de Operações Conjuntas da Saúde (CIOCS) para os Jogos Olímpicos, que permitirá monitorar as ocorrências de saúde no período da competição. A previsão é de que 22 mil pessoas sejam atendidas durante os Jogos e cerca de 700 tenham de ser removidas. O Rio terá 235 leitos reservados para atendimento de ocorrências ligadas à Olimpíada. O Hospital Municipal Souza Aguiar terá ainda uma sala para atendimento múltiplo de trauma, com capacidade para atender 50 pessoas simultaneamente.

O ministro Ricardo Barros lançou ainda o aplicativo Guardiões da Saúde, uma ferramenta para tentar identificar possíveis surtos antes mesmo que as pessoas procurem unidades de saúde. O usuário poderá declarar os sintomas como febre, dor no corpo, sangramento, manchas vermelhas no corpo. O aplicativo identifica a unidade de saúde mais próxima. A partir desses dados, o Ministério da Saúde terá um mapa das ocorrências das doenças. O aplicativo está disponível para os sistemas operacionais Android e IOS, em sete línguas diferentes.

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