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Pan obriga País a investir nos atletas

Por Agencia Estado
Atualização:

O desafio é imenso. Tão importante quanto montar a infra-estrutura esportiva e urbana para receber os Jogos Pan-Americanos de 2007 é investir e trabalhar na formação de atletas em todos os esportes. Como anfitrião o Brasil não pode fazer feio. E as carências nesse setor são imensas, considerando, inclusive, que, no Brasil, nem existem algumas modalidades que serão disputadas no Pan, como o hóquei sobre grama. O diretor-técnico do COB, José Roberto Perilier, o Peri, que ainda não sabe qual será seu papel na organização dos Jogos, admite que são vários os desafios nos próximos cinco anos com a formação de atletas em todos os esportes. "Algumas gerações, como a da ginástica olímpica, com Daniele Hypólito, terminam nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 2004", observa Peri. Outras, como, por exemplo, a formada pelos juvenis da natação e do atletismo que disputaram os Jogos Sul-Americanos, das seleções do basquete masculino e do vôlei feminino, renovada, precisam evoluir. Peri observa que a formação iniciada com a reestruturação de confederações e projetos de intercâmbio e estímulo passou a existir, de verdade, no Brasil, há um ano, a partir dos recursos da Lei Piva, vindos dos prêmios das loterias. "Temos de dar continuidade aos projetos e acoplar a formação para 2007 e, conseqüentemente, para a Olimpíada de 2008, em Pequim." O número de seleções participantes em cada modalidade ainda será discutido com a Organização Desportiva Pan-Americana. No basquete masculino, por exemplo, devem ser oito, e no feminino, seis. Mas o País organizador tem de disputar todas as modalidades do programa dos Jogos, sem exceção, e ainda pode indicar um esporte, de sua preferência, no qual tem tradição, para compor o calendário, o que, no caso da organização brasileira, parece automático. "O futsal é o principal candidato", confirma Peri. Sem futebol? - Ele acrescenta, inclusive, que o futsal pode ganhar o espaço que o futebol de campo chegou a desprezar nos Jogos de Winnipeg, em 1999, por decisão da Conmebol, a organização sul-americana do esporte. Apenas países da América do Norte e Caribe competiram no futebol naqueles Jogos porque a organização da América do Sul queria cobrar pela participação de suas seleções.

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