Patriots e Falcons decidem o Super Bowl que pode coroar Tom Brady

Após punição, jogador contou com a ajuda da mulher Gisele Bündchen para se manter focado

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Por Renan Fernandes
4 min de leitura

Quando a temporada 2016/2017 do futebol americano começou, a modelo brasileira Gisele Bündchen publicou uma foto recebendo um passe do marido Tom Brady e avisou aos fãs e rivais do New England Patriots: 'Não se preocupem, ele vai estar preparado'. A promessa foi cumprida e, neste domingo, às 21h, o astro entra em campo para decidir o Super Bowl 51, contra o Atlanta Falcons, e colocar de vez seu nome da história da NFL.

A brincadeira foi uma forma de mostrar que o quarterback, posição responsável por comandar as ações ofensivas dos times, estava treinando por conta própria depois de ser punido em escândalo envolvendo a calibragem irregular das bolas usadas por sua equipe nos playoffs do ano anterior. Foram quatro jogos longe de qualquer contato com seus companheiros até o aguardado retorno. Durante a temporada regular, Brady jogou 12 partidas, conquistando 11 vitórias, e não teve problemas para vencer o Pittsburgh Steelers na decisão da Conferência Nacional por 36 a 17.

Gisele Bündchen postou foto treinando com Tom Brady durante a suspensão do astro do New England Patriots Foto: Reprodução/Instagram

Quando pisar no gramado do NRG Stadium, em Houston, o veterano de 39 anos jogará seu sétimo Super Bowl, maior marca da história de um jogador da NFL, superior ao número de 28 das 32 franquias que disputam a liga. Atualmente com seis finais - e quatro títulos conquistados -, o líder dos Patriots está empatado nesta estatística com o defensive tackle Mike Lodish, que fez carreira no Denver Broncos.  Se ganhar o troféu Vince Lombardi, outra marca impressionante será alcançada em sua carreira. O camisa 12 deixará para trás as lendas Terry Bradshaw e Joe Montana e será o quarterback com mais títulos na competição. Os norte-americanos adoram reverenciar suas estrelas. E mesmo que o recorde não venha neste domingo, Brady garante que sua carreira não está perto do fim. "É bom me sentir melhor fisicamente à medida que as temporadas vão passando. Espero seguir jogando", afirmou durante evento com a mídia que está cobrindo a grande decisão. Gisele certamente tem boa participação nesse entusiasmo de Brady.

Tom Brady exibe seus quatro anéis de campeão do Super Bowl pelo New England Patriots Foto: Reprodução/Patriots

CAMINHO Escolha número 199 do recrutamento de 2000, o jogador mostra a mesma paciência que teve para encontrar seus companheiros nos jogos até mesmo quando foi perguntado sobre a polêmica punição que sofreu por causa das bolas murchas.  "Eu não ligo mais para isso. É passado. Estou pensando em coisas positivas para a minha vida, tentar alcançar meus objetivos. Bom ou ruim? Indiferente. Sou uma pessoa positiva e tento levar minha vida desta maneira. Queremos vencer este jogo e é por isso que estamos aqui". 

Querendo estragar toda essa festa montada pelo astro, o Atlanta Falcons também conta com uma grande estrela na posição de quarterback: Matt Ryan. Estrela da universidade Boston College, vizinha à sede dos Patriots, ele se tornou amigo de Brady durante seus primeiros anos de carreira.

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Ryan comandou o melhor ataque da temporada regular e levou o título da Conferência Americana com consistente atuação contra o Green Bay Packers, por 44 a 21. Após um excelente ano, o atleta de 31 anos admitiu ter trocado de mentor para sua primeira aparição no Super Bowl. Ele se aconselhou com os irmãos Peyton Manning, cinco vezes melhor jogador da liga, e Eli Manning, homem responsável pelas únicas duas derrotas de Tom Brady no Super Bowl, em 2008 e 2012.  "Conheci Eli ao longo dos anos. Ele é um grande cara. Eu acho que o conselho dele foi: 'Vocês se conhecem e sabem o que fazem'. No fim das contas, esse é provavelmente o melhor conselho que você pode receber. Confiar no que fazemos, confiar no nosso processo, em quem somos e como fazemos as coisas. Acho que estaremos prontos".

Para o técnico Dan Quinn, ter um grupo unido será um diferencial para o primeiro título da história dos Falcons, derrotados pelos Broncos na única aparição que fizeram na grande final do futebol americano, em 1999.

"Esta é a chave. Eles trabalham muito e jogam um pelo outro, por isso sou um cara tão sortudo. O que eu posso falar para o meu time é sobre como vamos jogar. Tacklear com força, ter atenção. Eles têm experiência e é bom para todos, mas nós temos de fazer o nosso jogo".  Ciente do poderio defensivo de seu adversário, o treinador dos Patriots, Bill Belichick, já estuda formas de parar Julio Jones, principal alvo das jogadas do ataque rival. "Ele é um grande jogador em uma posição onde tem uma rara tenacidade e competitividade. É um grande bloqueador, além de todas as coisas que ele fez como recebedor e após a recepção. Tenho um tremendo respeito por Julio."

Os Falcons terminaram a temporada com média de 33,8 pontos por jogo, já os Patriots lideraram os números defensivos cedendo menos da metade disso, 15,6. Esta será a sexta vez que o melhor ataque enfrenta a melhor defesa na decisão da NFL, sendo que a defesa levou a melhor em quatro delas. No confronto mais recente, a 'Legion of Boom', como é chamado o núcleo defensivo do Seattle Seahawks, dominou o ataque do Denver Broncos na vitória por 43 a 8, em 2013.

Números do confronto entre New England Patriots e Atlanta Falcons Foto: Arte/Estadão