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Pira Olímpica do Rio-2016 tem missão de superar predecessoras

Criadores dos receptáculos de Londres e Sydney comentam criações

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Por Redação
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Um dos segredos mais bem guardados dos Jogos Olímpicos só será revelado no dia 5 de agosto. Na cerimônia de abertura da disputa no Rio será revelado o conceito da pira olímpica. Considerado um dos grandes símbolos do evento esportivo, o objeto costuma representar os valores da população local, sempre na esperança de surpreender com uma dose de tecnologia, beleza e criatividade. No caso do Brasil, será a segunda vez na história que a pira ficará fora do estádio olímpico (a primeira foi nos últimos Jogos de inverno, em Sochi, na Rússia). Ela será erguida na Praça Mauá, na região portuária do Rio. Como será e por quem será acessa continuam um mistério. "Cada País-sede e sua cerimônia de abertura estão diretamente conectados como eles se enxergam, quem eles são e representam. Temos esperanças de que o Brasil vai conseguir entender o "zeitgeist" (termo alemão que designa "espírito de um tempo" ou de uma época) de como vocês interpretam a própria cultura em um contexto global para criar uma visão que expresse o sentido de nação como um todo", explica Michael Scott-Mitchell, designer australiano responsável pela criação de uma das mais incríveis piras olímpicas, a de em Sydney, nos Jogos Olímpicos de 2000.

Scott-Mitcheel criou há 16 anos a pira que acendeu dentro d'água. Foi um trabalho que demorou quatro anos de desenvolvimento, negociação, produção, além do trabalho de engenharia envolvido e de todo o cuidado para que o segredo não fosse revelado antes da hora. Mesmo a atleta Cathy Freeman, primeira aborígine a representar a Austrália nos Jogos Olímpicos e que teve a ideia da pira pensada para ela acender, só soube como seria a apresentação 3 horas da manhã do dia da cerimônia. "Pensei em uma pira central ao redor de uma atleta australiana e indígena. Desenhei a pira para Cathy Freeman", explica. "Um dos desafios que tive foi o do design pré-existente do estádio e da localização da peça. Alguns assentos extras que seriam instalados também foram um problema, já que quem estivesse neles não conseguiria ver a chama. Era essencial que cada um no estádio pudesse ver e minha experiência em arquitetura e teatro foi fundamental para conseguir resolver esses problemas logísticos."

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