Rival da estreia no futebol feminino, China 'segura' brasileiras

Seis brasileiras de clubes chineses não sabem quando se apresentarão

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Por Gonçalo Junior
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A China, primeira adversária do Brasil no futebol feminino dos Jogos do Rio, não cumpriu o primeiro prazo definido para a liberação de seis jogadoras da seleção brasileira. Debinha, Fabiana, Gabi Zanotti, que atuam no Dalian Quanjian, além de Rafaelle, Raquel e Darlene, jogadoras do Changchu, não foram liberadas no dia 15 de junho, data do acordo com seus clubes, e ainda não sabem quando vão se apresentar para o período de treinamentos em Itu, local da preparação da seleção brasileira. 

 “Não podemos dizer que existe uma relação (entre a estreia contra o Brasil e a liberação), mas é estranho. As próprias jogadoras chinesas já foram liberadas para iniciar preparação olímpica”, diz o técnico Vadão. “A negociação é feita com cada clube. Temos de aguardar”, lamenta. 

Marta só será liberada 15 dias antes dos Jogos Foto: Divulgação

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O treinador reconhece que o atraso prejudica o entrosamento com o restante do elenco e a preparação final. Principal jogadora da equipe, Marta só vai se apresentar à seleção 15 dias antes do Jogos por imposição do time sueco Rosengard, onde atua. Atualmente, 16 atletas do grupo jogam fora do País. 

Ao contrário do futebol chinês masculino, menos competitivo que a Europa, o feminino é forte, baseado na velocidade, preparo físico e disciplina tática. “O campeonato chinês é mais forte que os torneios brasileiros. Elas usam muito a parte física”, diz o treinador brasileiro. 

A demora na apresentação, no entanto, não impede que as brasileiras sejam “espiãs”. As duas atacantes da seleção chinesa atuam no Dalian, o mesmo time de Debinha, Fabinha e Gabi. 

Desde 2015, o Brasil tem uma seleção feminina permanente. As atletas que atuam no Brasil se desligaram de seus clubes e foram contratadas pela CBF. As jogadoras ficam concentradas em Itu até o amistoso contra a Austrália, dia 23 de julho, em Fortaleza, o último jogo antes da Olimpíada

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