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Técnico do Catar veta tema naturalização em entrevista

Legião estrangeira formada com alto investimento pode fazer história como primeira equipe não europeia numa final de Mundial

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Por Redação
Atualização:

O técnico da seleção de handebol masculino do Catar, o espanhol Valero Rivera, vetou, na entrevista coletiva após a vitória sobre a Alemanha, pelas quartas de final do Mundial, qualquer pergunta sobre a naturalização de jogadores de sua equipe. A uma pergunta dirigida ao goleiro Saric, que é bósnio, Rivera interveio e disse que seu jogador não iria responder nada sobre o assunto. Depois um outro repórter perguntou ao treinador se "o modelo" adotado pelo Catar no handebol poderia ser repetido em outros esportes. "Não sei", disse Valero. "Eu sou um treinador, um técnico de handebol. Só falo de handebol. Esse é o meu negócio". Com nove atletas estrangeiros naturalizados entre os 16 convocados, o Catar alcançou um feito nesta quarta-feira. A legião estrangeira se classificou às semifinais do Mundial de Handebol e tem a chance de colocar uma seleção não-europeia pela primeira vez na final da competição.

Ao lado do goleiro bósnio Danijel Saric, treinador Valero Rivera assume postura agressiva e se recusa a responder perguntas sobre naturalizações Foto: Robert Ghement/EFE

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O estádio em Lusail estava lotado. Com festa, a torcida empurrou a seleção do Catar durante todo o jogo. O apoio foi importante nos minutos finais da partida, quando a Alemanha, por pouco, não chegou ao empate.

Valero ressaltou o comportamento do torcedor na vitória. "Quando se joga em casa é diferente. O apoio do torcedor foi importante para nós". O treinador, campeão mundial com a Espanha em 2013, dedicou a classificação à "federação" e ao "país". "Já disse aqui outras vezes o quanto eles merecem".
* O repórter viajou ao Mundial a convite da Federação Internacional de Handebol

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