Trump pede demissão de jogadores que não se levantarem para o hino na NFL

Presidente dos EUA vê protesto de atletas que se ajoelham durante execução do hino nacional como 'falta de respeito'

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu na sexta-feira que as franquias da NFL (principal liga de futebol americano) demitam os jogadores que não se levantarem para ouvir o hino nacional antes das partidas. Desde o ano passado, diversos jogadores se recusam a ficar de pé em protesto pelos problemas sociais e raciais no país.

"Isso é uma falta de respeito total com nossa história nacional. É uma falta de respeito com tudo que defendemos", declarou o presidente. Ele ainda lamentou que os jogos da NFL estejam ficando "menos violentos". "Estão arruinando o jogo."

Colin Kaepernick, quarterbackdo San Francisco 49ers,de joelhos durante execucão do hino nacional em protesto contra a violência policial contra negros no país Foto: Kirby Lee/USA Today Sports

PUBLICIDADE

Desde a temporada passada, diversos jogadores da NFL têm se recusado a levantar para o hino nacional como forma de protesto principalmente pelo tratamento da polícia aos negros no país, após diversos casos de abuso de poder que resultaram até em mortes. A atitude foi encabeçada pelo então quarterback do San Francisco 49ers, Colin Kaepernick, e rapidamente aderida por diversos jogadores, até em outros esportes.

Presidente dos Estados Unidos à época, Barack Obama considerou legítima a manifestação, enquanto o então candidato Trump chegou a sugerir a Kaepernick "procurar outro país" para morar. Agora, o político foi além e sugeriu a demissão de todos aqueles que protestarem desta forma.

"Não os agradaria ver um dos proprietários das franquias da NFL, quando alguém não tiver respeito com a nossa bandeira, dizer: 'Saia deste campo imediatamente. Fora! Está despedido'?", questionou Trump durante discurso. "Esta pessoa (proprietário) seria a mais popular do país", considerou.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.