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Uma mulher desafia mundo dos homens no Rally dos Sertões

A designer gráfica Helena Deyama está em sua sétima participação na prova

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Por Agencia Estado
Atualização:

A designer gráfica Helena Deyama está em sua sétima participação no Rally Internacional dos Sertões, enfrentando os homens de igual para igual nas trilhas perigosas da competição que larga nesta quinta-feira, em Goiânia, para sua 14ª edição - a chegada será em 4 de agosto, em Porto Seguro, na Bahia. A baixinha (1,55 m) - que não revela a idade - correrá de carro novo na categoria cross country. A paixão surgiu na adolescência. Aos 18 anos, comprou sua primeira moto e arriscou manobras em pistas de motocross. Por causa da altura, Helena se decidiu por carros e batalhou para comprar seu primeiro veículo 4X4. O dinheiro foi investido em um off-road quando completou 30 anos. ?Comecei tarde porque tive de esperar minha estabilidade financeira. É tudo muito caro?, contou. Compra realizada, a piloto correu atrás de uma navegadora para competir no Sertões. Nestes sete anos de disputa, Andrea Portas é a sexta parceira - as duas correrão juntas pelo segundo ano consecutivo. ?Inventei essa história de dupla feminina nos Sertões. Achar uma navegadora é fácil, o difícil é mantê-la, por conta da vida pessoal, namorado, marido, filhos, além do meio masculino, o pouco tempo para treinar juntas. Tudo isso dificulta?, revelou Helena. Atual campeã brasileira da categoria Super Production Diesel, Helena está animada para o Sertões. ?Minha maior vitória é completar a prova. Já perdi motor, tive problemas mecânicos, mas nunca deixei de terminar. Isso para mim é o mais importante?, afirmou. Os trechos mais difíceis são os desconhecidos. ?Cerca de 50% são novos, principalmente na Bahia?, explica. No Deserto do Jalapão, no Tocantins, ela já passou maus bocados com desidratação. Mas não tem medo (e gostou tanto do Estado do Tocantins, que já voltou em período de folga do trabalho). Para se prevenir, Helena nunca deixa de levar dois litros de água quase congelados, para não ter de engolir o líquido quase na temperatura de um chá enquanto pilotava. Isso foi há dois anos, quando sentiu a vista escurecer e desmaiou na chegada, justamente na etapa do Tocantins.

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