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Bimba admite 'dia difícil' e vê medalha distante na vela

Brasileiro está em oitavo lugar, mas tem 80 pontos perdidos; o holandês, que lidera a classe, tem somente 16

Por Clarissa Thomé
Atualização:

Em mais um dia de condições difíceis, com ventos vindos de oeste, Ricardo Winicki, o Bimba, deu adeus às chances de medalha na classe RS:X (windsurfe). Em oitavo lugar geral, ele ainda vai à medal race, mas tem 80 pontos perdidos. O holandês Dorlan van Russelberghe, que lidera ao vencer cinco das nove regatas, tem apenas 16.

"Foi um dia muito difícil. Medalha tá bem complicado já. Eu sabia que seria difícil alcançar esses caras aí. O objetivo é ficar entre os dez", disse Bimba, atribuindo o desânimo mais ao cansaço físico do que ao resultado final. "Por incrível que pareça, eu velejo aqui desde os 11 anos de idade e foi uma direção de vento que eu nunca peguei na vida".

Ricardo Santos, o Bimba, fica distante da briga por medalhas na Olimpíada do Rio Foto: William West/AFP

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Patrícia Freitas, da versão feminina da mesma classe, concorda: "Nem os locais estão acostumados com esse vento". O vento soprou de oeste, a até 35 km/h, deixando a raia instável. Patrícia conseguiu aproveitar essas condições irregulares. Na regata que venceu, chegou 2'40 à frente das adversárias, o que é muito. Está em 5º lugar geral no momento.

A estratégia de intensificar os treinos para ganhar quatro quilos de massa muscular e chegar aos atuais 60 foi acertada, ela acredita. "As meninas estão um pouco mais cansadas e eu ainda estou muito bem. Na terceira regata, o pessoal estava pendurado na vela e eu ainda conseguia ter mais explosão. Elas apostaram muito numa temporada de ventos fortes", afirmou.

O segundo dia de regatas para a 470 feminino, uma das esperanças de medalha para o Brasil, foi de frustração. Um cabo que prende a retranca (o apoio das mãos, junto à vela) quebrou antes da primeira das duas regatas do dia. No intervalo entre a primeira e a segunda, tentaram consertar a peça. Mas o barco virou a dois minutos da largada e as brasileiras saíram atrás de todas as outras competidoras.

"Foi um dia confuso. A gente conseguiu, dentro do possível, recuperar alguma coisa", afirmou Fernanda Oliveira. Quando o barco virou, o mastro entortou. Fernanda e Ana Barbachan vão pedir autorização para trocar a peça. "A gente começou do avesso", resumiu Fernanda. Elas ficaram na 13ª (resultado descartado) e 10ª posição, depois de terem encerrado o primeiro dia duas vezes em quinto lugar. Elas estão em nono no ranking geral e ainda tem mais seis regatas, antes da medal race.

Samuel Albrecht e Isabel Swan subiram uma posição geral, terminaram o dia em oitavo, com resultados irregulares em quatro regatas - 17º, 9º, 2º e 16º. "Estava difícil a raia. A gente demorou a acostumar. Mas a gente tá no jogo", disse Isabel, confiante. Na véspera, uma peça se soltou do barco, e eles tiveram de improvisar amarrações para concluir as regatas. Ficaram em 17º e venceram a segunda. "É uma coisa que acontece velejando. Página virada", afirmou Isabel.

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