Bolt faz história e conquista tri olímpico dos 100m rasos

Jamaicano faz 9s81 e se confirma como uma lenda; Gatlin fica com a prata e André de Grassi com o bronze

PUBLICIDADE

Foto do author Gonçalo Junior
Por Gonçalo Junior , Nathalia Garcia e enviados especiais ao Rio
Atualização:

O jamaicano Usain Bolt provou mais uma vez ser capaz de fazer o que qualquer outro atleta jamais conseguiu e justificou a alcunha de lenda do atletismo nos Jogos do Rio. O astro sagrou-se tricampeão olímpico nos 100 metros rasos depois de cruzar a linha de chegada em 9s81, o seu melhor tempo da temporada, na noite deste domingo, no Engenhão. Foi o primeiro homem da história a vencer a prova mais nobre do atletismo três vezes consecutivas.

No momento em que o telão anunciou a final mais esperada do atletismo, os aplausos tomaram conta das arquibancadas. Os oito competidores avançavam pelo túnel como estrelas. Justlin Gatlin, campeão em 2004, foi o único competidor vaiado. Os aplausos mais vibrantes foram todos para Bolt, anunciado como bicampeão olímpico. 

PUBLICIDADE

Novamente, os gritos de "Bolt" soaram fortes. No momento do aquecimento final, Bolt acenou com o braço direito para as arquibancadas. Depois fez sinal de positivo. Novas vaias quando Gatlin teve seu nome foi anunciado.

O jamaicano mostrou descontração na largada, fez gracinhas colocando as mãos nos ombros. No momento de se posicionar, Bolt pediu silêncio com o dedo nos lábios e foi prontamente atendido. Um estádio em silêncio. Depois de 9s81, quando cruzava a linha de chegada, ele bateu no peito, certo da vitória.

Não foi dessa vez que o norte-americano Justin Gatlin teve a satisfação de vencer o seu maior rival nos Jogos Olímpicos. O velocista dos Estados Unidos até ficou emparelhado com Bolt durante alguns metros, aumentando a emoção da prova, mas o jamaicano abriu uma vantagem confortável perto do fim. Com 9s89, Gatlin faturou a medalha de prata.

Usain Bolt arranca, ultrapassa Gatlin e se torna 1º tricampeão olímpico dos 100m Foto: Kai Pfaffenbach| Reuters

Segundo colocado em Londres-2012, o jamaicano Yohan Blake teve o seu melhor desempenho da temporada (9s93), mas terminou fora do pódio depois de ser superado pelo canadense Andre de Grasse, que surpreendeu ao registrar 9s91 no cronômetro - o melhor tempo de sua carreira. Veio em boa hora.

Assim que cruzou a chegada, Bolt começou seu show particular. Ajoelhou, rezou e apontou para o público. Deu beijos para a galera. Imediatamente começou uma espécie de volta olímpica, saudando os torcedores. Pegou o boneco dos jogos e desfilou como um troféu particular. Fazia gestos dizendo não acreditar no feito que havia acabado de realizar como tricampeão olímpico dos 100 metros. O estádio e seu astro na mesma sintonia e dezenas de torcedores repetiam o gesto do raio, sua marca característica. Ganhou uma bandeira da Jamaica, que passou a ser seu manto. Posou para fotos, permitiu que tirassem selfies e aproveitou o momento histórico.

Publicidade

 Foto: Arte/Estadão

Cerca de uma hora antes, Bolt havia feito com tranquilidade a semifinal e já se mostrava muito à vontade na pista do Engenhão depois de ser o mais rápido das três baterias. O astro jamaicano tenta agora o tricampeonato olímpico nos 200 metros, e o primeiro passo será dado classificatória na terça-feira, entre 11h50 e 12h30.

PARTICIPE Quer saber tudo dos Jogos Olímpicos do Rio? Mande um WhatsApp para o número (11) 99371-2832 e passe a receber as principais notícias e informações sobre o maior evento esportivo do mundo através do aplicativo. Faça parte do time "Estadão Rio 2016" e convide seus amigos para participar também!