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Brasil terá concentrações mais reservadas para ser top 10 de medalhas

Delegações definem 'hotéis e bases de apoio' para maiores conforto, concentração e agilidade logística

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Foto do author Marcio Dolzan
Por Marcio Dolzan
Atualização:

Em busca de um Top 10 inédito para o Brasil no número total de medalhas, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) planejou até mesmo os passos dos atletas do Time Brasil fora dos locais de competição. Preocupado com o possível assédio de torcedores e com o tempo de deslocamento das equipes, o comitê escolheu o prédio mais reservado da Vila dos Atletas para concentrar a maior parte da equipe. Além disso, haverá locais exclusivos para treinamento na zona sul e até mesmo fora da cidade do Rio de Janeiro.

No próximo dia 24, o Time Brasil começará a ocupar os 18 andares do prédio número 30 da Vila dos Atletas, composta por 31 edifícios. O prédio escolhido pela entidade é apontado como o mais bem localizado do conjunto. O COB teve o privilégio de ser o primeiro a escolher onde sua delegação ficará concentrada pelo fato de o Brasil ser o país-sede da Olimpíada.

 Foto: Fabio Motta/ Estadão

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“O prédio 30 tem os maiores apartamentos e proximidade do refeitório e do local de transporte, o que nos permite oferecer mais conforto aos nossos atletas”, explica Bernard Rajzman, chefe da missão brasileira nos Jogos do Rio. “Ele também é mais preservado do barulho, já que não é passagem de outras delegações para as áreas comuns da vila.” Mesmo com o fato de ter um prédio exclusivo, com amplos apartamentos – 72 no total, com 213m² cada um –, o COB decidiu alugar “bases de apoio” pelo Rio. São seis espalhadas pela cidade, todas próximas às instalações olímpicas e também aos locais de treinamento.

Um deles fica na Urca, zona sul, junto ao Pão de Açúcar. A Escola de Educação Física do Exército (Esefex), que durante a Copa do Mundo de 2014 foi o centro de treinamento para a seleção inglesa, será a concentração da a equipe brasileira de vela e de vôlei de praia durante a Olímpiada. Antes dos Jogos, a seleção de handebol feminino e as equipes de luta, taek won do, boxe e tiro com arco também usarão as instalações. A Esefex foi batizada (momentaneamente) pelo COB como Centro de Treinamento de Alta Performance do Time Brasil, no entanto, não será o único. Próximo ao Aeroporto Santos Dumont, no centro, a Escola Naval já serve como o local de treinos para as equipes do polo aquático, do nado sincronizado e do tiro esportivo. Técnico da seleção masculina de polo, o croata Ratko Rudic diz que a escola “não é o ideal” pelo fato de a piscina não ser coberta e de ter que conviver com o barulho de aviões decolando a cada sete minutos. Ele enaltece o fato de ser uma instalação da Marinha, isolada de qualquer acesso do público, o que facilita a preparação do time que vai em busca de uma inédita medalha olímpica. Os atletas de triatlo e maratona aquática também estão se preparando na Escola Naval, mas durante a Olimpíada ficarão hospedados no Hotel Sesc de Copacabana, outra das bases de apoio. Os brasileiros do ciclismo de estrada, canoagem de velocidade e remo também ficarão hospedados lá durante os Jogos, em vez da populosa Vila dos Atletas. A opção pelo hotel é logística, pois as provas serão disputadas em Copacabana ou na Lagoa Rodrigo de Freitas, distantes cerca de dez minutos do hotel. O time brasileiro de judô decidiu se concentrar em Mangaratiba, cidade litorânea a 85 quilômetros do Rio. Os judocas só irão para a Vila dos Atletas na antevéspera das lutas, já que terão de passar pela pesagem um dia antes. A opção, neste caso, nada tem a ver com a questãologística. “A vila é um grande parque de diversões, que pode tirar o foco em uma reta final. Por isso, o judô vai ficar isolado”, afirma Ney Wilson, gestor técnico de alto rendimento da Confederação Brasileira de Judô (CBJ). Fechando as bases de apoio, dois colégios foram selecionados na zona oeste. O Centro Educacional Cianorte (CEC) Barrada Tijuca será o local de treinamento das seleções de vôlei, enquanto que o QI Riocentro servirá como base para a equipe de esgrima.

NÚMEROS2 ouros, duas pratas e um bronze alcançou Robert Scheidt em Jogos Olímpicos. Ele e Torben Grael, também da vela, são os brasileiros com mais medalhas da competição;

22ª posição ocupou o Brasil ao final dos Jogos Olímpicos de Londres (ING), em 2012. Foram três medalhas de ouro, cinco de prata e nove de bronze.

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