Brasil vai ao Pan de Toronto pensando na Olimpíada do Rio

Meta do COB é levar o País ao Top 3 na competição das Américas

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Por Marcio Dolzan e Paulo Favero
2 min de leitura

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) insiste há um bom tempo que sua preocupação é ser Top 10 nos Jogos Olímpicos do ano que vem, de modo que o Pan-Americano, que será realizado em Toronto, no Canadá, servirá de laboratório para algumas modalidades. Mesmo assim, o Time Brasil – como é denominada a delegação brasileira – ambiciona um desempenho respeitável. “Nossa primeira meta era bater os 515 classificados do Pan de Guadalajara, e isso aconteceu. Estaremos lá em Toronto com 600 atletas. A expectativa é ser Top 3. Vamos brigar com Canadá e Cuba pela terceira posição no número total de medalhas”, afirma Marcus Vinícius Freire, diretor executivo de Esportes do COB. Será a maior delegação que o Brasil já enviou para um evento esportivo fora do País. E terá atletas de ponta, como o nadador Thiago Pereira, o ginasta Arthur Zanetti, os judocas Tiago Camilo e Mayra Aguiar, o velejador Robert Scheidt e Fabiana Murer, do salto com vara, entre outros. O Pan de Toronto contará ainda com promessas que podem se tornar grandes realidades em busca de uma medalha olímpica no Rio, como Marcus Vinicius D’Almeida, do tiro com arco, Ana Sátila, da canoagem slalom, Isaquias Queiroz, da canoagem de velocidade, e Matheus Santana, da natação.

'Vamos brigar com Canadá e Cuba pela 3ª posição' projeta Marcus Vinícius Freire, do COB Foto: Marcos de Paula/Estadão

Claro que nem todas as modalidades vão com força máxima. A ausência mais sentida é de Cesar Cielo, que vai se poupar para a disputa do Mundial de Desportos Aquáticos. No vôlei, a equipe masculina vai com um time “alternativo” devido às finais da Liga Mundial, que ocorrem nos dias 18 e 19 deste mês, no Rio. “É um ano difícil de calendário. Temos Mundial de natação, de atletismo, de ginástica, militar e universitário, então a turma tem uma agenda complicada”, pondera Freire. “Iremos com atletas tarimbados, como o Thiago Pereira, que está indo para bater o recorde de medalhas do Pan-Americano, atletas no meio do caminho e jovens atletas que vão ter essa primeira experiência.” Aos 28 anos, a nadadora Joanna Maranhão já pode se considerar uma veterana. Será sua quarta participação no Pan, competição que ela trata com carinho e vem se preparando bem. A atleta do Pinheiros acha que pode brilhar nas cinco provas que pretende disputar. “Eu recupero muito rápido, acho que estarei bem para o Mundial”, conta a atleta, que chegou a largar as piscinas, mas depois voltou com força total. “Era um momento que a parte política estava mais latente em mim do que o amor às piscinas. Agora, as pessoas falam que estou mais leve”, diz. O evento será realizado de 10 a 26 de julho, mas no dia 7 o Brasil já estará em ação com suas seleções de polo aquático. A cerimônia de abertura será na sexta-feira e o Brasil disputará todas as modalidades, exceto beisebol, patinação de velocidade, raquetebol, softbol masculino, squash masculino e wakeboard feminino. Nenhuma delas estará nos Jogos do Rio. Para alguns esportes, o Pan vale vaga olímpica. É o caso do hóquei sobre grama masculino – o Brasil precisa ser, no mínimo, sexto colocado. Nas provas de natação e atletismo, o Pan é uma forma de obter índice. "Ficarmos no top 3 é uma meta factível dentro do plano nosso para este Pan, que é totalmente diferente. A cada edição a gente vai mirando classificações olímpicas, mirando pontuação importante para os Jogos, o que não é o caso agora porque faremos a Olimpíada em casa”, explica Freire.