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Brasileiro fica em 15º no tiro ao prato e pede apoio das Forças Armadas

Roberto Schmits ficou emocionado e chorou bastante no encontro com seus familiares

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Por Demetrio Vecchioli
Atualização:

Depois de fechar o dia inicial das eliminatórias em sexto lugar, no último domingo, o brasileiro Roberto Schmits foi mal na primeira série desta segunda-feira nas eliminatórias do tiro ao prato dos Jogos Olímpicos do Rio e encerrou a sua participação na competição em 15.º lugar entre 33 atletas.

Após ser eliminado, o atleta da disciplina que faz parte do tiro esportivo da Olimpíada reclamou do fato de não contar com qualquer apoio das Forças Armadas, enquanto centenas de atletas brasileiros de modalidades que vão do vôlei de praia ao basquete se orgulham de pertencer aos quadros da Marinha, da Aeronáutica ou do Exército. Até agora, nenhum edital contemplou os especialistas em tiro ao prato.

Roberto Schmits representou o Brasil nas provas de tiro ao prato Foto: Leonardo Munoz/EFE

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"Eu fiz o que eu pude. É difícil, primeira Olimpíada. Faltou um pouco de preparação. Faltou a gente se antecipar (na preparação", comentou o atirador, de 47 anos. Ele saiu do estande de tiro emocionado e chorou bastante no encontro com os familiares, repetindo seguidamente que fez o que pôde.

Roberto Schmits só conseguiu se afastar do trabalho há menos de um ano para se dedicar apenas ao tiro esportivo, diferentemente do que ocorre com o seu compatriota Felipe Wu, também do tiro esportivo, mas da disciplina de carabina e pistola, que pôde se dedicar integralmente ao esporte e no último sábado conquistou a medalha de prata nos Jogos do Rio.

O apoio das Forças Armadas a Schmits, caso existisse, poderia fazer uma sutil diferença, na opinião do atirador brasileiro. Dos 115 pontos que ele fez nas eliminatórias da fossa olímpica para os 118 pontos que o fariam finalista do Rio-2016. Ele, por sinal, lamenta não poder ter competido na mesma condição da grande maioria dos outros 33 atletas da prova desta segunda-feira, pois quase todos eles são profissionais, enquanto Schmits não teve como se dedicar exclusivamente ao tiro esportivo em seu período de preparação para a Olimpíada.

"Estava acreditando que ficaria numa posição confortável, mas não tão bem. Dessa galera, 90% é profissional. Eu saio de casa para trabalhar. O tiro ao prato não é militar. Poderia ser, mas não é. Desde setembro minha família é baseada na renda da minha esposa", contou.

Schmits é guia de caça e pesca e leva expedições do mundo todo à Argentina, onde a caça esportiva é permitida. "Lá eles caçam perdiz, perdigão, marrecão, pomba, e fazem pescaria esportiva. Pesca, tira foto, devolve", conta o brasileiro, que leva consigo diversos amuletos. Um deles, ganhou de um caçador de elefantes.

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Apaixonado pelo tiro ao prato, Roberto confia que as Forças Armadas podem passar a apoiar a disciplina. Isso o ajudaria a seguir competindo e sonhando em estar na próxima Olimpíada. "Tóquio (palco dos Jogos de 2020) é logo ali. Dos caras que estavam atirando comigo, todos têm quatro ou cinco Olimpíadas. Participam de todas as Copas do Mundo. Eu compito contra eles três vezes por ano", disse, cobrando mais oportunidades.

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