Centro de combate ao terrorismo para a Olimpíada já funciona

Militares devem auxiliar o trabalho de segurança das delegações

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Por Juliana Dal Piva
Atualização:

Na preparação para os Jogos Olímpicos do Rio no ano que vem, as Forças Armadas já colocaram em funcionamento um Centro de Combate ao Terrorismo. O núcleo funciona no Comando Militar do Leste (CML) desde o dia 5 de agosto, quando começaram os eventos-teste. "O mais importante é estar em condições de dar uma resposta imediata", disse o general Mauro Sinott Lopes, comandante da Brigada de Operações Especiais do Brasil. Ele contou nesta quarta-feira, durante o seminário de segurança das Forças Armadas que ocorre esta semana, que o núcleo funcionará de modo preventivo até os Jogos. Durante esse tempo, também serão implementadas as estratégias. O evento reúne militares no Forte São João, na Urca, zona sul carioca, até sexta-feira para discutir estratégias de planejamento, inteligência e segurança. Só para o combate ao terrorismo serão utilizados 1.549 homens.

Cidadecorre para entregar as instalações esportivas e obras de infraestrutura urbana Foto: Fábio Motta/Estadão

O núcleo do CML auxiliará as ações de um centro de coordenação com integrantes das Forças Armadas. Haverá também representantes da Secretaria de Segurança do Estado do Rio e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Pequenos núcleos de combate ao terrorismo funcionarão nos locais onde ocorrerão as competições. A maior parte das ações de segurança e inteligência seguirá o esquema montado para a Copa do Mundo do ano passado. O chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general José Carlos De Nardi, disse que serão utilizados 15 mil homens das Forças Armadas apenas no Rio. Ao todo, com as outras cidades que vão sediar o futebol, o número deve chegar a 30 mil. No entanto, o efetivo funcionará apenas se for acionado ou se for criada uma operação de Garantia da Lei e da Ordem, que precisa ser solicitada pelo governador Luiz Fernando Pezão e autorizada pela presidente Dilma Rousseff. O general De Nardi explicou que os militares devem auxiliar o trabalho de recepção, escolta e segurança das delegações. A Marinha ficará responsável pela Baía da Guanabara e pelo espaço marítimo de Copacabana, na zona sul. O espaço aéreo será fechado apenas pontualmente durante eventos abertos, como jogos no Maracanã, por exemplo. Mas ficará aberto a maior parte do tempo.