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Chamando nadadores de 'garotos', Rio-2016 diz que brasileiro está 'de alma lavada'

Entidade não cobrará desculpas por parte de norte-americanos

Por Jamil Chade
Atualização:

A Rio-2016 diz que não vai pedir que Ryan Lochte e outros nadadores envolvidos na polêmica do suposto assalto peçam desculpas pelos incidentes. "Nenhuma desculpa é necessária", disse Mario de Andrada, diretor de Comunicação da Rio2016. "Esses garotos vieram se divertir, competiram sob enorme pressão. Existe uma investigação. Vamos dar um tempo para esses garotos. São atletas magníficos. Lochte é um dos maiores do mundo", disse Andrada.

"Podem errar. Mas a vida segue. Eles fizeram um erro. Mas a vida segue", afirmou o diretor da Rio-2016. "O erro foi eloquente e suficiente para que seja uma lição para todo mundo. Não precisamos fazer um julgamento. Ficou claro que passar por essa situação diante de todo o mundo, é bem importante", afirmou o brasileiro, que indicou que não se arrepende de ter pedido desculpas quando as primeiras notícias saíram. 

Ryan Lochte inventou a história de um assalto após causar confusão em um posto de gasolina no Rio de Janeiro. Foto: David Gray/Reuters

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Andrada admite que, em um primeiro momento, "a imagem da segurança foi arranhada". "Mas o fato de passarem por uma vergonha pública dessa magnitude é suficiente para aprender uma lição. A nossa imagem foi afetada no primeiro dia. Mas foi amplamente recuperada", disse. "Os brasileiros que se sentiram envergonhados com a primeira versão se sentem de alma lavada agora que a versão final apareceu. Todos vão lembrar dos fatos. Do ponto de vista de imagem, fomos muito bem", insistiu.

Ele, porém, admite que a polícia está "irritada" e que hoje investiga o falso testemunho. "Mas os fatos falam por si só. Sem mágoas", declarou Andrada. "Eles agiram de forma errada e bateram no muro. Teve um final ideal. A vida ensinou que foi um erro", comentou o principal porta-voz da Rio-2016. 

Já o COI afirma que apoia as medidas adotadas pela Justiça brasileira sobre os nadadores. "Apoiamos as autoridades aqui. Fizeram um bom trabalho. Não vamos comentar. Mas eles tomaram as medidas que julgaram apropriadas", completou Mark Adams, porta-voz do COI.

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